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terça-feira, 6 de maio de 2014

1980: o ano em que o Brasil parou para esperar pelos jupterianos

1980: o ano em que o Brasil parou para esperar pelos jupterianos
Conheça a sensacional história sobre uma esperada visita alienígena ao nosso país que nunca aconteceu
Imagine que o maluquinho da sua cidade — ou do seu bairro, prédio, enfim… — anuncia para todo mundo que mantém contato direto com seres extraterrestres e que esse pessoal avisou que pretende fazer uma visitinha aqui na Terra. O que você pensaria dessa história toda? Dificilmente você esperaria ansiosamente que uma nave alienígena aparecesse de verdade, não é mesmo?
Pois em 1980, um homem chamado Edílcio Barbosa — também conhecido como “Mensageiro de Júpiter” — anunciou que um disco voador pousaria nos arredores da cidade de Casimiro de Abreu, no Rio de Janeiro. O encontro com os jupterianos tinha local e hora marcados — e não era em um 1° de abril não! —, e ocorreria exatamente às 05h e 40 minutos do dia 8 de março em uma fazenda chamada Nossa Senhora da Conceição.
Além de visitar a Terra, os alienígenas também trariam de volta quatro seres humanos que haviam sido abduzidos anos antes. Por incrível que pareça, muita gente acreditou que a visita realmente aconteceria e, além de atrair um público de milhares de pessoas, o evento inclusive ganhou repercussão internacional — aliás, segundo o emissário de Júpiter, o pouso era de importância mundial e cósmica!
Repercussão internacional
Além da presença de membros da imprensa de vários países, ufólogos, cientistas, ambulantes, curiosos em geral e até de pesquisadores da NASA, todos os órgãos públicos de Casimiro de Abreu foram mobilizados para recepcionar os alienígenas. Até uma equipe da Defesa Civil do Estado foi enviada ao local para garantir a ordem, o hospital local ficou de prontidão para o caso de possíveis emergências e inclusive um orelhão foi instalado próximo à pista de pouso.Nesse local delimitado, a presença de humanos era proibida, pois, do contrário, o disco voador não desceria. Também circulou entre os espectadores uma espécie de “10 mandamentos” dos extraterrestres, que trazia uma série de instruções que deveriam ser seguidas durante o evento.
Comitê de boas-vindas
Como se não bastasse todo o pandemônio criado em torno da chegada do disco voador, a prefeitura de Casimiro de Abreu organizou um comitê de boas-vindas, e a recepção aos jupterianos incluía passeio em carro aberto pelo centro da cidade, café da manhã e até um baile. Os alienígenas também receberiam a chave da cidade, e o coitado do prefeito até chegou a comprar uma enciclopédia para presentear os visitantes.
Mas, apesar da longa espera e da crescente expectativa do público — que não desgrudava os olhos do firmamento —, no local e dia marcados, quando os ponteiros passaram das 05h40 da manhã, a nave espacial não apareceu e a frustração se espalhou entre todos os presentes. O tumulto foi tanto que o “Mensageiro de Júpiter” teve que de ser escoltado para bem longe da multidão para não ser linchado.
Apesar dessa “gafe” sideral, o emissário dos alienígenas tinha uma explicação para a ausência, alegando que o disco voador não desceu por que havia pessoas demais na área de pouso. Edílcio Barbosa faleceu alguns meses mais tarde, depois de anunciar que os jupterianos apresentariam uma prova de sua aproximação, desta vez fazendo uma visita à cidade vizinha, chamada Rio Bonito. E parece que várias luzes bizarras realmente foram avistadas na região!
Curta-metragem
Esta incrível história, embora tenha virado piada no passado — afinal, ela é muito pitoresca mesmo! —, acabou se transformou em um curta-metragem produzido por Clarice Saliby, filha de uma das testemunhas desse evento nacional e cósmico. Batizado de “Efeito Casimiro”, o filme foi lançado no Festival de Cinema do Rio e já foi exibido nos principais festivais de cinema do mundo.
E se fosse Hoje?
Fonte: Mega Curioso

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