Armadilha fotográfica faz 52 mil fotos sobre o declínio de mamíferos
Link original - Revista Eco 21 http://www.eco21.com.br/home/index.asp *Por Gabriela Michelotti
Estudo inédito com armadilha fotográfica registra 52 mil imagens que permitem traçar a primeira análise global sobre o declínio de populações de mamíferos.
O primeiro estudo global de armadilhas fotográficas para mamíferos, que documentou 105 espécies em cerca de 52 mil imagens em sete áreas protegidas nas Américas, África e Ásia, foi divulgado neste mês por um grupo internacional de cientistas. As fotografias revelam uma incrível variedade de animais em seus momentos mais inocentes – de um diminuto rato a um enorme elefante africano, além de gorilas, pumas, tamanduás-bandeiras e – surpreendentemente – até mesmo turistas e caçadores.
A análise dos dados fotográficos tem ajudado os cientistas a confirmar uma conclusão fundamental que, até o momento, era compreendida apenas por meio de diversos estudos não coordenados: a perda de hábitat e reservas com área restrita tem um impacto direto e negativo para a diversidade e a sobrevivência das populações de mamíferos, principalmente no que diz respeito ao tipo de dieta e tamanho dos animais (animais de pequeno porte e insetívoros são os primeiros a desaparecer), entre outros resultados apontados pelo estudo. A replicação dessas informações em períodos e áreas diferentes é fundamental para compreender os efeitos das ameaças globais e regionais em mamíferos que vivem em florestas tropicais e antecipar as extinções antes que seja tarde demais.
Os resultados do estudo foram publicados no artigo "Estrutura de comunidade e diversidade de mamíferos tropicais: dados de uma rede global de armadilhas fotográficas” (Community structure and diversity of tropical mammals: data from a global camera trap network), no jornal Philosophical Transactions da Royal Society. O estudo foi liderado pelo ecologista Jorge Ahumada, do Programa de Ecologia, Avaliação e Monitoramento de Florestas Tropicais (Tropical Ecology Assessment and Monitoring Network - TEAM) da Conservação Internacional. Foram pesquisadas áreas protegidas no Brasil, Costa Rica, Indonésia, Laos, Suriname, Tanzânia e Uganda, tornando este estudo não apenas o primeiro sobre mamíferos com armadilhas fotográficas, mas também o maior do gênero sobre qualquer classe de animais.
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