.

.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

NOTA PÚBLICA OS VERDES DE TAPES

 NOTA PÚBLICA OS VERDES DE TAPES

O Movimento Ambientalista Os Verdes, através desta Nota Pública, se solidariza com a ação do MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que ocuparam a Fazenda dos Guerra, em Tapes, na madrugada de 16/04/2015.

Na observação dos motivos que deram início à esta ação do MST, a luta ambiental está sendo colocada em primeiro plano, mesmo que não se tenha bem claro o que poderá ocorrer com o patrimônio ambiental existente, com palmeiras de butiás de mais de 300 anos e que estão na área do conflito e da ocupação.
Em nossa concepção, há de prosperar o debate sério e técnico capaz de gerar a segurança ambiental necessária para área de tamanha importância ecossistêmica, caso do Butiazal de Tapes, que em grande parte, está nas terras ocupadas pelo MST.

Vários documentos e ações em diversas esferas da União, do Estado e de órgãos dos Ministérios Público federal e estadual, abalizam a necessidade de ação de Conservação das áreas e florestas que estão próximas dos Butiazais de Tapes. Esta faltando só a vontade política das autoridades.

O que como ecologistas alertamos, para apoiar e ampliar a validade de tal ação com escopo 'ativista ambientalista' de parte do MST, é que inúmeras outras formas e crimes ao meio ambiente existem em propriedades as margens da lagoa dos Patos, em Tapes e na região, e que utilizam de forma massiva os recursos hídricos, do solo, das florestas para manterem um sistema de produção monocultural e despejos de agrotóxicos que afetam os ambientes naturais e os pequenos animais, insetos, répteis e aves que delas dependem.
Não é de hoje este problema das monoculturas e da exploração permanente dos recursos naturais na cidade de Tapes, mas aguardaremos que o exemplo citado de uso sustentável da terra para produção de alimentos, o que prometem os colonos sem terra que ocupam a propriedade, seja uma realidade pelas possibilidades existentes, pois Tapes precisa acordar para a importância dos recursos abundantes e das viabilidades de produção que não necessitem de agroquímicos, de plantações de árvores para celulose, da destruição do meio ambiente em nome da economia e da geração de empregos.

Há outras formas de produção que não degradam a terra, com recursos de real valor para serem implantados e que poderão gerar muito mais renda e emprego na cidade e na zona rural, região esquecida por diversos governos locais e do Estado.

O que mais interessa para sociedade: grandes monoculturas produzindo celulose para o lucro das grandes empresas multinacionais ou centenas de famílias de pequenos agricultores produzindo alimentos saudáveis para nossa população e tirando seu próprio sustento, gerando economia solidária, emprego e renda, cooperativismo e cuidados com a natureza? 

Você pode refletir sobre isso e buscar a verdade dos fatos!

Por este motivo e outros que coadunam com nosso pensamento sobre a questão, apoiamos a manifestação pacifica e ocupação daquilo que não produz e/ou, o que produz, pode causar danos a sociedade.

Saudações Verdes!

att.

Julio Wandam
Coordenador Os Verdes de Tapes
Membro APEDeMA/RS
Moderador REBIA

Nenhum comentário: