Manifestantes pedem veto ao Código Florestal Foto: Flávia Moraes/Especial / Agencia RBS
Ambientalistas protestam contra relator do Código Florestal no Rio Grande do Sul
Mineiro Paulo Piau veio à Capital esclarecer pontos polêmicos do projeto, que pode ser sancionado ainda esta semana
O clima tenso marcou a reunião entre deputados e ambientalistas na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na tarde desta segunda-feira. O relator do Código Florestal, deputado federal Paulo Piau (PMDB/MG) veio a Porto Alegre para esclarecer o que ele chamou de "distorções da mídia" sobre o texto de lei.
— Há uma diferença enorme entre o que ouvimos sobre o código e o que está escrito de fato no texto. Não há uma só linha no texto que estimula derrubada de árvores — justifica Piau.
Levantando cartazes e distribuindo panfletos na reunião, os manifestantes, no entanto, não concordam com as explicações do deputado federal, já que interpretam o projeto de lei como ruralista.
— As proposições com relação à flexibilização das áreas de preservação permanentes e a anistia a desmatadores só beneficiam o grande produtor de monoculturas, como a soja, não a agricultura familiar que é quem realmente produz alimento para a população— critica Júlio Wandam, coordenador da organização não-governamental Os Verdes RS.
— As proposições com relação à flexibilização das áreas de preservação permanentes e a anistia a desmatadores só beneficiam o grande produtor de monoculturas, como a soja, não a agricultura familiar que é quem realmente produz alimento para a população— critica Júlio Wandam, coordenador da organização não-governamental Os Verdes RS.
O deputado estadual Ernani Polo (PP), presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Cooperativismo do Estado foi quem propôs a reunião e a vinda de Piau, justamente para esclarecer dúvidas sobre o real conteúdo do Código.
— Claro que é um assunto polêmico, porque envolve meio ambiente e produção agrícola, dois fatores importantes para a sociedade. Mas precisamos pensar em um equilíbrio para flexibilizar e conseguirmos aumentar a produção no Rio Grande do Sul sem prejudicar a natureza, nem o agricultor — afirma Polo.
O presidente da Comissão preferiu não se posicionar se apoia totalmente o relatório de Piau. Só concorda que a proposta de que as áreas mínimas de preservação ambiental sejam delimitadas pelos estados, e não pela União, já que cada parte do país possui uma realidade diferente.
Fonte: Zero Hora
Fonte: Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário