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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Cratera no polo sul da Lua poderia conter depósitos de gelo

Cratera no polo sul da Lua poderia conter depósitos de gelo 
Pesquisadores analisam brilho encontrado em cratera, mas ainda não confirmaram teoria 
A cratera Shackleton, próxima ao polo sul da lua, poderia conter gelo, segundo uma equipe de pesquisadores americanos que ainda não conseguiu comprovar tal informação, informou a revista "Nature". 
Cientistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), liderados pela geofísica Maria Zuber observaram as diferentes partes da cratera e elaboraram duas teorias que poderiam explicar o grande brilho que emitem, maior nas paredes do que no solo. 
"Descobrimos que o interior da cratera é mais brilhante do que em qualquer outro ponto do polo sul da lua, e que suas paredes brilham mais ainda do que o solo", declarou à Agência Efe María, autora do artigo. 
Duas teorias explicariam este brilho: o deslizamento de escombros lunares pelas paredes da cratera, que deixariam descoberto o novo material mais brilhante, e a presença de gelo no solo de Shackleton. 
Segundo María, o gelo poderia cobrir uma parte do solo do interior da cratera. 
"A análise das ladeiras e da rugosidade da cratera indica que provavelmente as paredes são brilhantes pelo material que desliza por elas. O solo, por sua vez, possivelmente pode conter até 20% de água", estimou a pesquisadora, que ressaltou que seu estudo não comprova esta teoria. 
O interior da cratera Shackleton quase não recebe raios solares e sua temperatura é muito baixa, características que chamaram a atenção dos pesquisadores diante da possibilidade de encontrar água congelada em sua parte mais profunda. 
A equipe de Maria Zuber elaborou um conjunto de mapas que reconstroem com grande detalhe o relevo, as ladeiras, a rugosidade e o brilho das diversas partes da cratera. 
O estudo revelou também que a Shackleton, de 21 quilômetros de diâmetro, está em estado "excepcionalmente bom", apesar de seus mais de 3 bilhões de anos. 
O solo de seu interior, situado a quatro quilômetros de profundidade, "é muito irregular, com montes de até 200 metros" formados por um material que provavelmente foi levado até a lua pelo meteorito que formou a cratera. 
"Às vezes pensamos na lua como um planeta morto, sem atividade geológica, mas nossas descobertas mostram que no polo sul aconteceu um transporte de massa causado pelo impacto de meteoritos próximos", acrescentou María. 
Fonte: EFE/NASA

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