Fichas de militantes da Rede Sustentabilidade são invalidadas injustificadamente
O processo de registro da Rede Sustentabilidade entra em sua reta final.
Até o momento foram validadas 310 mil fichas de apoio e com os
protocolos de mais de 200 mil assinaturas ainda em exame nos cartórios
eleitorais a #rede entrou com o pedido de registro do partido no início
desta semana perante o TSE
Foram coletadas mais de 867 mil assinaturas das quais mais de 637 mil
foram encaminhadas aos cartórios eleitorais. Cerca de 230 mil
assinaturas foram descartadas pela equipe de triagem da #Rede, que
excluiu as que apresentavam algum tipo de problema, como rasura, letra
ilegível e falta de assinatura. Do total encaminhado, quase 100 mil
foram invalidadas, a maior parte delas, 73.134, não tiveram o motivo da
recusa informado.
No estado de São Paulo foram 36 mil invalidações, das quais 31 mil
não tiveram motivação. No Rio de Janeiro, das 13. 578 fichas
invalidadas, apenas 354 tiveram o motivo revelado: falta de parâmetro ou
divergência de assinatura. Das 11 mil fichas invalidadas no Distrito
Federal, 9 mil não foram justificadas.
Devido a essa falha no processo, foi possível identificar, por
exemplo, dezenas de casos de apoiadores da #Rede que, embora tivessem
assinado a ficha e prestado todas as informações necessárias, não
tiveram suas assinaturas validadas pelos cartórios.
Entre os casos mais emblemáticos está o da mobilizadora Hadia
Feitosa, de Cubatão, responsável pela entrega dos malotes no cartório
eleitoral da cidade e está em constante contato com as pessoas que
trabalham por lá. Sua ficha foi invalidada. “Eu assino da mesma forma há
cinco anos e, portanto, a assinatura no último caderno de votação é a
mesma que uso atualmente”. Ela conta que tirou o documento aos 16 anos
e, na época, assinou seu nome completo e com letras enfeitadas. “Ainda
que a assinatura não seja igual do título, se comparassem minha letra
veriam que é exatamente igual. Aprendi a “desenhar” o agá do meu nome
com minha avó e ele é inconfundível”, comenta.
A
coordenadora estadual de organização política de São Paulo, Júlia
Dávila, moradora e eleitora de Santo André, tomou cuidado para assinar
como consta em seu título de eleitor. Mas sua ficha voltou com uma
observação: "assinatura não confere".
Em Osasco, Luiz Cloves Medeiros, teve uma surpresa ao ir até o
cartório eleitoral buscar um documento para comprovar seu desligamento
do antigo partido. Aproveitou para checar se estava tudo certo com sua
ficha de apoio. Não estava. Sua assinatura foi invalidada, pois foi
comparada com o último caderno de votação, no qual ele deu apenas um
visto. Pediu que checassem o seu cadastro. “Abriram o livro de registro e
viram que a assinatura conferia”. Porém, como a ficha já tinha sido
devolvida à Rede, não pode ser validada, nem foi aceita outra no lugar.
Os exemplos mostram que o sistema previsto para conferencia das
assinaturas é falho e resulta em prejuízo aos cidadãos que legitimamente
apoiaram a #Rede pois os parâmetros para validação das fichas de apoio
são discricionários e imprecisos. Na dúvida muitas assinaturas são
rejeitadas sem que o sistema preveja opções viáveis e ágeis aos
cartórios para reconsiderá-las. Enquanto um cartório compara as
assinaturas ao livro da última eleição, outros comparam apenas ao título
de eleitor, cuja assinatura pode ter sofrido alteração ao longo do
tempo. Nesse sentido a própria Ministra Relatora do processo da Rede no
TSE reconhece que "A toda evidência, não se trata, relativamente à
conferência das assinaturas, de procedimento análogo ao 'reconhecimento
de firma', próprio dos cartórios de registro extrajudiciais". Entretanto, na prática o que se vê em larga escala é que diante de pequenas diferenças muitas assinaturas são rejeitadas.
Diante deste cenário, a #Rede demandou no TSE medidas urgentes que
permitam solucionar as falhas no sistema de verificação da legitimidade
dos apoiamentos em tempo de homologar o partido, além da revalidação das
assinaturas rejeitadas sem fundamentação explícita nas certidões.
Os centenas de milhares de cidadãos que apoiam a Rede
Sustentabilidade não podem ser prejudicados pela ausência de meios
materiais ou pela adoção de critérios normativos formalmente aceitos mas
que na prática resultam em prejuízo evidente e comprovado à sua decisão
de apoiar um novo partido. A #Rede confia que no julgamento da Justiça
Eleitoral prevalecerá o apoio das 637mil encaminhadas (e 867mil
coletadas) em uma ação inédita, que aconteceu de forma autoral,
militante e descentralizada em todo o país.
Relato de Carlos Buzolin, fundador da Rede Sustentabilidade
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