Índios cobram na Rio+20 respeito ao direito à terra
De acordo com a diretora nacional da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara, os indígenas podem mostrar ao mundo o que é ser sustentável
Por Thais Leitão
O líder indígena conhecido internacionalmente por sua luta pela preservação da Amazônia, Cacique Raoni, da etnia Caiapó, também conclamou a união dos povos indígenas.
Rio de Janeiro - Cobrar aceleração no processo de demarcação das terras indígenas no país e fazer um contraponto ao modelo econômico e ao conceito de economia verde – discutidos na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) – são os principais objetivos dos povos indígenas que se reuniram hoje (15) na tenda do Acampamento Terra Livre, na Cúpula dos Povos, no Aterro do Flamengo, zona sul do Rio de Janeiro.
Em meio a muitas manifestações culturais – como a das mulheres das etnias Macuxi e Wapichama, de Roraima, que apresentaram um tipo de música típica conhecida como parixara –, eles reclamaram da violação ao seu direito à terra.
De acordo com a diretora nacional da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), Sônia Guajajara, os indígenas podem mostrar ao mundo o que é ser sustentável por meio de suas práticas de uso da terra sem destruí-la.
“Estamos aqui para fazer um contraponto à Rio+20, para mostrar o nosso jeito indígena de ser sustentável. Muitas vezes o que se define como Economia Verde não é o que entendemos que representa a real harmonia com a natureza”, disse, durante uma coletiva de imprensa.
A representante da Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, de Minas Gerais e do Espírito Santo (Apoinme), Ceiça Pitaguary, destacou que a lentidão na demarcação dos territórios indígenas leva muitas lideranças a serem criminalizadas por causa da retomada de terras tradicionais.
Fonte: REDE Os Verdes/via Facebook
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