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domingo, 24 de junho de 2012

Índios mantêm ocupação em sítio de Belo Monte

Índios ocupam Belo Monte (Foto: Mário de Paula / TV Liberal) 
Índios mantêm ocupação em sítio de Belo Monte
Cerca de 100 índios das etnias Juruna, Xirkin e Arara continuam ocupando as obras da usina hidrelétrica de Belo Monte no rio Xingu, no sudoeste do Pará. Nesta sexta (22) o protesto chegou ao segundo dia. Os manifestantes ocupam a ensecadeira, uma espécie de barragem de terra, localizada no sítio Pimental, distante aproximadamente 50km do local de construção da usina.
Os manifestantes confiscaram chaves de carros, tratores e rádios, mas todos os funcionários que estavam no local foram liberados. Eles estão acampados, sem previsão de sair. Eles pedem que a Norte Energia, empresa responsável pela administração da usina, cumpra as condições impostas pelo Ministério Público para a realização da obra.
De acordo com os índios, a Norte está demorando para atender alguns dos pre-requisitos, como a demarcação e regularização das terras dos índios, a construção de estradas para as aldeias e a distribuição de suprimentos.
O Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM) informou que o protesto ocorre de forma tranquila, apesar da retenção dos equipamentos, mas registrou  boletim de ocorrência na delegacia de Altamira e decidiu cancelar o turno da noite no local.
Índios ocupam sítio Pimental em Altamira (Foto: Mário de Paula / TV Liberal) 
Ocupações anteriores
Esta não é a primeira vez que comunidades indígenas ocupam canteiros de construção de Belo Monte. No último dia 15, os manifestantes invadiram outra ensecadeira e, utilizando picaretas, abriram sulcos para que o rio pudesse correr através da barragem de terra. 
No sábado (16), os índios chegaram a invadir um dos escritórios do consórcio construtor. Durante esta ocupação, eles destruiram computadores, mobília e documentos. O caso foi registrado na polícia e está sendo apurado pela delegacia de Altamira. 
Entenda o caso 
A Usina Hidrelétroca de Belo Monte está sendo construída no rio Xingu, em Altamira, no sudoeste do Pará, com um custo previsto de R$ 19 bilhões. O projeto tem grande oposição de ambientalistas, que consideram que os impactos para o meio ambiente e para as comunidades tradicionais da região, como indígenas e ribeirinhos, serão irreversíveis. 
A obra também enfrenta críticas do Ministério Público Federal do Pará, que alega que as compensações ofertadas para os afetados pela obra não estão sendo feitas de forma devida, o que pode gerar um problema social na região do Xingu.
Fonte: REDE Os Verdes/via Facebook

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