Movimento nega ter invadido escritório do consórcio Belo Monte
Consórcio que constrói a hidrelétrica no Xingu diz que teve sala depredada. Coordenação do movimento afirma que estão tentanto criminalizar o grupo.
A coordenação do Movimento Xingu Vivo para Sempre negou, neste domingo (17), ter sido responsável pela invasão do escritório do Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM), ocorrido no sábado (16), em Altamira, no sudoeste do Pará.
Segundo o CCBM, o escritório da empresa foi depredado por ativistas ligados ao movimento, que organiza em Altamira o encontro Xingu+23. Os invasores teriam quebraram computadores, mesas, cadeiras e queimaram documentos, causando uma série de danos ao patrimônio.
Marquinho Mota, integrante do Xingu Vivo para Sempre, disse que a divulgação da notícia não corresponde à verdade. “Não fomos nós. Estão tentando criminalizar o movimento. Em nenhum momento, nós incentivamos a invasão do escritório. Nosso ato é pacífico”, disse ele.
O movimento Xingu Vivo para Sempre encerra neste domingo em Altamira o encontro Xingu+23, que reúne ativistas contrários à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte. O evento terminará com um gesto de “abraço ao rio Xingu”.
Na sexta-feira (15), os ativistas invadiram o canteiro de obras da hidrelétrica e abriram uma vala na ensecadeira, barragem que dá vazão as águas do rio Xingu. O ato foi uma forma de chamar a atenção das autoridades para os problemas ambientais causados pelo projeto.
Após a invasão no escritório, o CCBM registrou ocorrência na delegacia de Altamira, que está investigando o caso. "Estamos apurando se houve algum saque, ou apenas a ocorrência de vandalismo, que está registrada no B.O", afirmou a delegada Selma Sarquis.
Protesto
Integrantes do movimento Xingu Vivo para Sempre, contrários à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA), realizam neste domingo (17), em Belém, um protesto conta a barragem no rio Xingu.
O ato ocorrerá na Praça da República durante o cortejo do “Arraial do Pavulagem”, manifestação cultural que exalta as tradições juninas como o boi-bombá. Segundo um dos coordenadores do movimento, os organizadores do Arraial vão dar apoio ao protesto.
O ato público que ocorre neste domingo na capital paraense é uma forma de repercutir o encontro Xingu+23 que acontece no sítio Santo Antônio, em Altamira, onde cerca de 500 ativistas estão reunidos até este domingo. “Vamos falar o que está acontecendo em Altamira”, disse Marquinho Mota.
Fonte: REDE Os Verdes/via Facebook
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