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domingo, 25 de março de 2012

Grande massa de água profunda e fria está desaparecendo misteriosamente

Grande massa de água profunda e fria está desaparecendo misteriosamente
A água mais fria que flui ao redor da Antártica, no Oceano Antártico, está desaparecendo misteriosamente a um ritmo elevado ao longo das últimas décadas.
Esta massa de água é chamada Água Antártica de Fundo, e é formada em alguns locais distintos onde a água do mar é esfriada pelo ar e mais salgada pela formação de gelo (que deixa o sal na água descongelada). 
A água fria e salgada é mais densa que a água em torno dela, fazendo-a descer ao fundo do mar onde se espalha para o norte, enchendo a maior parte do oceano profundo em todo o mundo conforme lentamente se mistura com águas mais quentes acima dela. 
Correntes do oceano profundo do mundo todo desempenham um papel fundamental no transporte de calor e carbono ao redor do planeta, o que ajuda a regular o clima da Terra. 
Estudos anteriores indicaram que esta água profunda tornou-se mais quente e menos salgada ao longo das últimas décadas. 
Agora, um novo estudo revelou que significativamente menos água desse tipo se formou durante este tempo também.
Oceanógrafos analisaram dados de temperatura coletados entre 1980 e 2011 a intervalos de 10 anos por um programa internacional de pesquisas oceanográficas no Oceano Antártico. 
Eles descobriram que Água Antártica de Fundo foi desaparecendo a uma taxa média de cerca de 8 milhões de toneladas por segundo ao longo das últimas décadas. 
O que está causando a redução e o que ela significa são coisas que os pesquisadores ainda não sabem. “Não temos certeza se a taxa de redução é parte de uma tendência de longo prazo ou de um ciclo”, disse o coautor do estudo, o oceanógrafo Gregory C. Johnson. 
Alterações na temperatura, teor de sal, oxigênio dissolvido e dióxido de carbono dissolvido dessa massa de água proeminente tem implicações importantes para o clima da Terra, incluindo as contribuições para o aumento do nível do mar e taxa de absorção de calor da Terra. 
“Precisamos continuar a medir a profundidade dos oceanos, incluindo as águas profundas do oceano, para avaliar o papel e a importância que essas mudanças desempenham no clima da Terra”, disse Johnson.

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