Animais soltos de cativeiro devem ser recapturados pelo Ibama
Foto: Omar Freitas / Agencia RBS
Foto: Omar Freitas / Agencia RBS
Papagaios soltos de cativeiro se multiplicam e invadem o céu da Capital
Ave exótica para a fauna rio-grandense passeia em bandos por Porto Alegre e região
Por Marcelo Gonzatto
marcelo.gonzatto@zerohora.com.br
Bandos de uma ave familiar a todo brasileiro, mas exótica na fauna gaúcha, estão se multiplicando no céu da Capital.
Bandos de uma ave familiar a todo brasileiro, mas exótica na fauna gaúcha, estão se multiplicando no céu da Capital.
Quase sempre comprados no mercado clandestino, papagaios que conseguem escapar das gaiolas ou são abandonados pelos proprietários formam grupos cada vez maiores em Porto Alegre e cidades próximas.
A situação preocupa o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que iniciou um projeto para mapear e recapturar os animais.
— Os papagaios estão colonizando a cidade a partir de solturas de cativeiro. Ele é muito comercializado, e muitas pessoas têm essa espécie em gaiola — observa a bióloga Carla Suertegaray Fontana.
Chamado papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), ele ocorre em maior quantidade no centro-oeste e no nordeste do país.
— Nosso medo é que eles cheguem às regiões onde vivem espécies locais ameaçadas, como o papagaio-charão e o papagaio-de-peito-roxo — afirma o chefe do núcleo de fauna do Ibama/RS, Paulo Wagner, referindo-se aos animais que vivem em áreas como a serra e o noroeste do Estado.
Semanalmente, o Ibama faz incursões pela cidade a fim de marcar com GPS os pontos de concentração dos bichos. Depois, serão feitas contagens, capturas de exemplares para exames e, por fim, tentativa de recaptura para remoção a suas regiões de origem.
Não é caturrita
Os papagaios que vêm tomando o céu da Capital não devem ser confundidos com a também popular caturrita. Embora tenham algum parentesco, são espécies diferentes. A caturrita é bem menor e é nativa do Rio Grande do Sul, enquanto o papagaio-verdadeiro é exótico.
Fonte: Zero Hora
Fonte: Zero Hora
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