Casa com valor histórico em
perigo em Sentinela do Sul
O patrimônio histórico da região está em perigo e lembranças da Revolução de 1923 podem ser perdidas para sempre
Desde maio de 2012, Karem Lopes, cidadã de Tapes, está na luta para dar visibilidade para um grave atentado contra ao patrimônio histórico que está localizado em Sentinela do Sul/RS, e segundo ela, "está sendo descaracterizado por uma construção feita em frente ao prédio com mais de 100 anos". Em carta enviada a Autoridades em 23 de maio de 2012, informa situações e eventos históricos onde personagens da história das revoluções do Rio Grande do Sul, tiveram este local como palco de suas batalhas, que segundo ela, seria a "história da última Revolução feita por homens montados a cavalo" no Estado.
Tendo procurado o Prefeito Municipal de Sentinela do Sul, Marcus Vinicius de Almeida, não encontrou entendimento do gestor público local, em relação a necessidade de uma pesquisa e elaboração de alguma ação pública voltada a tombar como patrimônio da cidade aquele local.
Patrimônio da história
Foram encontradas no local, moedas datadas de 1815 e 1869, podendo haver mais objetos em um sítio histórico de valor imensurável.
Patrimônio da história
Foram encontradas no local, moedas datadas de 1815 e 1869, podendo haver mais objetos em um sítio histórico de valor imensurável.
Teria sido o local, palco de batalhas sangrentas entre 'chimangos e maragatos'.
Em um dos feitos, liderados pelas tropas do General Zeca Netto (sobrinho-neto do General Netto da Revolução Farroupilha), quando tentavam prender o vice Intendente do Município de Dores de Camaquã, houve confronto e enfrentamento contra a tropa de mais de 60 homens, e apenas ele (o vice Intendente) e suas três filhas, mais um correligionário conseguiram fugir ao cerco das tropas inimigas.
Família de Narcísio Fernandes Barbosa em 1927
Karen Lopes alega que a importância desta casa está relacionada com as Revoluções Farroupilha, a Federalista e outros momentos históricos da região e RS. "Essa casa é muito mais que centenária, ela foi residência de Zeferino Vieira Rodrigues, que vinha ser filho do casal Patrício Vieira Rodrigues e Brígida Calderon Vieira, ele casou-se em 1893, essa casa também era frequentada por Brígida" afirma ela.
"Estava fazendo uma espécie de resgate histórico familiar e percebi que esse resgate não pertence só a minha família, ela (a pesquisa) mostrou que aqui viveram verdadeiros heróis que lutaram pelos seus ideais", diz emocionada com a percepção do valor deste local e dos feitos históricos que aproximaram gerações naquela casa.
Autoridades informadas
Mesmo com a obra avançando, e com nenhuma ajuda externa, procurou o Ministério Público de Tapes, a fim de manifestar sua preocupação e informar o que ocorria, tendo sido acolhida a denúncia de danos ao patrimônio histórico e cultural, que está em andamento em procedimentos da Promotoria.
Autoridades informadas
Mesmo com a obra avançando, e com nenhuma ajuda externa, procurou o Ministério Público de Tapes, a fim de manifestar sua preocupação e informar o que ocorria, tendo sido acolhida a denúncia de danos ao patrimônio histórico e cultural, que está em andamento em procedimentos da Promotoria.
Prédio sendo construído junto a casa histórica
De parte dos pesquisadores do IPHAE, recebeu recentemente um parecer que atesta ser de importância histórica e reconhecida pelo Instituto a casa e o local, o que poderá mudar os rumos desta situação.
Segundo ela, terá agora que fazer um apanhado de informações e documentos, porque acredita que o tombamento também tenha valor no Estado, visto os personagens serem cidadãos de Camaquã, Tapes, Dores de Camaquam e Cerro Grande do Sul.
Atuando sozinha neste objetivo, pelo reconhecimento e tombamento visando a preservação do patrimônio histórico, Karem Lopes está buscando apoio de outras pessoas e entidades, visando sensibilizar as autoridades para que assumam a responsabilidade e possam resgatar esta casa, para futuros estudos e pesquisas do passado glorioso da região em eventos contados apenas nos livros.
Fonte: REDE Os Verdes/via e-mail
Imagens: Karen Lopes/Arquivo pessoal
Segundo ela, terá agora que fazer um apanhado de informações e documentos, porque acredita que o tombamento também tenha valor no Estado, visto os personagens serem cidadãos de Camaquã, Tapes, Dores de Camaquam e Cerro Grande do Sul.
Atuando sozinha neste objetivo, pelo reconhecimento e tombamento visando a preservação do patrimônio histórico, Karem Lopes está buscando apoio de outras pessoas e entidades, visando sensibilizar as autoridades para que assumam a responsabilidade e possam resgatar esta casa, para futuros estudos e pesquisas do passado glorioso da região em eventos contados apenas nos livros.
Fonte: REDE Os Verdes/via e-mail
Imagens: Karen Lopes/Arquivo pessoal
Um comentário:
Tema interessante, que vale a pena ser estudado e pesquisado. Um abraço.
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