O Bugio Ruivo é uma das espécies da fauna ameaçada de extinção no RS. Crédito: Sérgio Bavaresco
Lista da fauna ameaçada de extinção no Rio Grande do Sul terá consulta pública
Uma das últimas etapas da revisão da lista das espécies da fauna ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul ocorre a partir da próxima semana, entre os dias 1º e 15 de julho. Trata-se da consulta pública que poderá acessada pelo site www.fzb.rs.gov.br. O objetivo é apresentar o resultado do trabalho que avaliou o estado de conservação de 1,6 mil espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e invertebrados e receber contribuições da sociedade. As sugestões colhidas serão analisadas, e a versão final da lista será publicada no Diário Oficial do Estado.
A revisão da lista é uma realização da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), por meio da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB). A comissão técnica nomeada para coordenar o processo inclui ainda especialistas da UFRGS e PUCRS. Envolveu diretamente 129 especialistas vinculados a 40 instituições e contou com a colaboração de outros 146 especialistas que atuam em 46 entidades, totalizando 275 pessoas de 70 organizações.
"A consulta pública busca receber informações que possam contribuir para a avaliação do estado de conservação da nossa fauna", diz Glayson Bencke, coordenador geral do trabalho e pesquisador do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (MCN/FZB).
Os critérios, procedimentos e definições utilizados para a revisão da lista foram desenvolvidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), amplamente empregados em avaliações das condições de conservação de espécies em nível global e regional (países ou estados).
Revisão da lista de 2002
A primeira versão da lista da fauna ameaçada do Estado foi elaborada em 2002, quando diferentes graus foram apontados para 261 espécies de animais. A revisão dessa lista pelos especialistas indica que, atualmente, 274 espécies estão ameaçadas.
No entanto, o resultado definitivo só será conhecido após a conclusão do processo, que inclui a consulta pública. Além disso, não é possível fazer uma comparação direta com a lista anterior, quando os critérios adotados foram outros. O grupo de especialistas foi maior e, consequentemente, também o volume de dados pesquisados. Os novos critérios adotados, mais precisos, garantem o aperfeiçoamento dos métodos de análise.
No entanto, o resultado definitivo só será conhecido após a conclusão do processo, que inclui a consulta pública. Além disso, não é possível fazer uma comparação direta com a lista anterior, quando os critérios adotados foram outros. O grupo de especialistas foi maior e, consequentemente, também o volume de dados pesquisados. Os novos critérios adotados, mais precisos, garantem o aperfeiçoamento dos métodos de análise.
A revisão periódica da lista é prevista tanto no Código Estadual do Meio Ambiente como no Decreto Estadual 41.672/2002, que também estabelece a obrigatoriedade da constituição de uma comissão multi-institucional formada por especialistas em fauna para coordenar o processo.
Tecnologia
O Live é um sistema digital operado via web, desenvolvido conjuntamente pela Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul e Procergs, para auxiliar na elaboração e revisão de listas de espécies ameaçadas de extinção, permitindo documentar e gerenciar todas as etapas do processo de organização das chamadas listas vermelhas.
"Trata-se de uma ferramenta inovadora que trouxe agilidade e segurança ao processo. É uma forma cooperada de trabalho, utilizando recursos da Web e de uma solução informatizada construída especificamente para esse fim. Esse ambiente possibilita à comunidade usuária compartilhar informações de forma sistemática, dando agilidade e consistência ao processo decisório", afirma Nelson Soares, da Divisão de Relacionamento com clientes da Procergs.
Graças ao Live, que permite acesso remoto via web às bases de dados, formulários de avaliação de espécies e documentos relevantes, a maior parte das atividades relacionadas à revisão da lista pode ser desenvolvida à distância, sem a necessidade de reuniões presenciais, o que viabilizou a participação de um grande número de especialistas e reduziu significativamente os custos do processo de reavaliação.
Fonte: Coordenadoria Comunicação Social/FZB-RS