"Não é por centavos, é por direitos"
É com esta frase que cartazes colados neste domingo em postes de sinalização ao longo da avenida Paulista chamavam a população a participar do quinto ato contra o aumento da passagem em São Paulo. O protesto foi programado para começar às 17h da última segunda-feira, no Largo da Batata, em Pinheiros.
Outro panfleto que era distribuído naquela tarde, na região do Largo da Batata, trazia um longo texto impresso em uma folha de tamanho A4, que abria com um questionamento: como anda a sua vida? O material diz que os protestos começaram contra o aumento das passagens do transporte público, mas que agora os manifestantes querem muito mais.
"Queremos a liberdade de nossos companheiros presos, pelo fim da política de criminalização do nosso movimento! Queremos casa, comida, saúde, lazer, cultura, educação, enfim, queremos transformar a cidade em um lugar mais livre e igualitário. Queremos criar um mundo diferente para os nossos filhos, para as nossas gerações. Por isso chamamos a todos que se indignam e que sonham como a gente", dizia o texto.
Até as 20h30 do domingo que antecedia a passeata, mais de 206 mil pessoas haviam confirmado participação no ato de segunda-feira 17 de junho de 2013, na página criada pelo Movimento Passe Livre (MPL) no Facebook.
Cenas de guerra nos protestos em SP
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em verdadeiros cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.
A cidade de São Paulo enfrenta protestos contra o aumento na tarifa do transporte público desde o dia 6 de junho. Manifestantes e policiais entraram em confronto em diferentes ocasiões e ruas do centro se transformaram em verdadeiros cenários de guerra. Enquanto policiais usavam bombas e tiros de bala de borracha, manifestantes respondiam com pedras e rojões.
Durante os atos, portas de agências bancárias e estabelecimentos comerciais foram quebrados, ônibus, muros e monumentos pichados e lixeiras incendiadas. Os manifestantes alegam que reagem à repressão opressiva da polícia, que age de maneira truculenta para tentar conter ou dispersar os protestos.
Segundo a administração pública, em quatro dias de manifestações mais de 250 pessoas foram presas, muitas sob acusação de depredação de patrimônio público e formação de quadrilha. No dia 13 de junho, vários jornalistas que cobriam o protesto foram detidos, ameaçados ou agredidos.
As passagens de ônibus, metrô e trem da cidade de São Paulo passaram a custar R$ 3,20 no dia 2 de junho. A tarifa anterior, de R$ 3, vigorava desde janeiro de 2011.
Segundo a administração paulista, caso fosse feito o reajuste com base na inflação acumulada no período, aferido pelo IPC/Fipe, o valor chegaria a R$ 3,40. "O reajuste abaixo da inflação é um esforço da prefeitura para não onerar em excesso os passageiros", disse em nota.
Haddad, havia declarado que o reajuste poderia ser menor caso o Congresso aprovasse a desoneração do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) para o transporte público. A proposta foi aprovada, mas não houve manifestação da administração municipal sobre redução das tarifas.
Fonte: REDE Os Verdes/via Facebook
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