Por Danielle Jordan / AmbienteBrasil
Uma pesquisa realizada pelo biólogo do Departamento de Zoologia da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Wilson Uieda, revelou que as crianças são as mais atingidas pela raiva humana na região amazônica.
“As crianças estão mais vulneráveis as mordidas por serem em maior quantidade e não por serem a preferência do morcego”, explicou em sua tese “Distribuição dos morcegos hematófagos na região Amazônica e o papel do morcego hematófago Desmodus rotundus na transmissão da raiva”.
As moradias das populações ribeirinhas também contribuem com essa situação. Palafitas, casas de madeira, ou cobertas com palha, são comuns, e não apresentam as proteções adequadas. O barco é o meio de transporte mais utilizado, o que torna mais comuns os ataques noturnos.
O sono pesado dos pequenos pode, também, ser apontado como um dos fatores que os tornam mais suscetíveis. “Com isso, elas não são picadas somente uma vez, mas dezenas de vezes”, disse o pesquisador.
A partir de 2005 os casos de agressão por morcegos em humanos reduziram, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará, sendo que em 2003, nenhuma ocorrência foi registrada. Em 2005 foram 8.601 casos e em 2009, 830.
As informações foram destacadas durante o Simpósio sobre a Raiva Humana na Amazônia, durante o 28º Congresso Brasileiro de Zoologia, que foi encerrado na quinta-feira, 11/02, em Belém, no Pará.
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*Com informações do Museu Emílio Goeldi.
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