Uma reportagem do jornal Valor Econômico (10/11), confirma que o Congresso é onde se realizam as grandes negociatas, por meio de lobbies entre parlamentares, grandes bancos, empreiteiras, latifundiários, etc.
A reportagem mostra as empresas que financiaram as campanhas dos parlamentares, com base nos dados oficiais da Justiça Eleitoral. Segundo o Valor, a Vale do Rio Doce foi uma das empresas que mais bancou deputados, 46 ao todo.
Depois vem o Itaú, com 31, o Grupo Gerdau, com 27, a Klabin, com 26, Camargo Correa, com 25, OAS, com 23 e Instituto Brasileiro de Siderurgia, com 21.
Ao todo, elas destinaram R$ 16.287.359,00 aos parlamentares.
A Vale, sozinha, gastou R$ 5,3 milhões em financiamento de campanhas. O parlamentar mais beneficiado pela Companhia foi o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB – SP), que recebeu RS 300 mil.
O deputado “comunista” também foi quem recebeu a maior doação da construtora Camargo Correa, com R$ 250 mil.
O fato levou o jornalista Gilberto Maringoni a sugerir, com muito bom humor, que Rebelo colocasse em seu gabinete o logo das empresas ao lado das fotos de João Amazonas e Che Guevara. “Hay que endurecer, pero sin perder el financiamiento”, ironizou.
Mas a bancada da Vale ainda abarca outros partidos, como o PT (partido que recebeu a maior fatia do financiamento, com 16 deputados beneficiados), PSDB (7), PMDB (5), PFL (4), e outros do PTB, PSB, PPS, PL, PDT e PL.
Esse esquema eleitoral, se não mudar, será a verdadeira "Quarta-feira-de-cinzas" da política brasileira.
Fonte: REDE Os Verdes/Apedema-RS
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