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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Entidades Pedem Ação de Ministros para Restringir Comércio Internacional de Tubarões e Raias-Manta

Entidades Pedem Ação de Ministros para Restringir Comércio Internacional de Tubarões e Raias-Manta 
Demora no posicionamento brasileiro pode dificultar adoção de medidas por convenção internacional
Rio de Janeiro - Oito dentre as mais importantes instituições brasileiras de pesquisa e conservação do ambiente marinho enviaram correspondência aos Ministros da Pesca e Aquicultura, Relações Exteriores e Meio Ambiente, além dos Presidentes do IBAMA e do Instituto Chico Mendes, solicitando um posicionamento urgente do Brasil em favor de medidas de restrição do comércio internacional de tubarões-martelo, galha-branca oceânico e das raias-manta, todos espécies brasileiras ameaçadas globalmente por esse comércio, que abastece os mercados asiáticos de barbatanas de tubarão e de arcos branquiais das arraias para sopas e supostos afrodisíacos.
Assinada pela Rede Costeiro-Marinha e Hídrica do Brasil (REMA), Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobrânquios, Instituto Sea Shepherd do Brasil, Instituto Aqualung, Programa Costa Atlântica da Fundação SOS Mata Atlântica, Projeto Divers for Sharks, Programa Marinho da Conservação Internacional e Instituto Laje Viva/Projeto Mantas do Brasil, a carta pede que o Brasil se posicione urgentemente a favor da adoção de restrições ao comércio dessas espécies já ameaçadas pelo tráfico internacional, a serem implementadas pela Convenção CITES, que controla o comércio de espécies de flora e fauna ameaçadas e que deve receber propostas até o início de outubro para consideração em sua próxima Conferência das Partes, a realizar-se em Bangkok, Tailândia, no início de 2013.
Segundo o Presidente da REMA, José Truda Palazzo Jr., “estas espécies já estão criticamente ameaçadas em vários lugares do mundo, inclusive em boa parte do Brasil, principalmente pela pesca predtáoria que visa alimentar esse tráfico internacional criminoso. Não apenas isso vem causando gravíssimos danos ecológicos aos oceanos, mas também destruindo as oportunidades de geração de emprego e renda através do turismo de mergulho para observação desses animais, que se vê ameaçado pelo seu desaparecimento. É obrigação do Brasil somar sua voz aos demais países que querem o fim desse massacre desnecessário”.
Um posicionamento do Brasil como proponente ou co-proponente e defensor dessas medidas de restrição do tráfico é visto pelas instituições signatárias da carta como essencial, já que o país tem um peso político muito relevante junto aos demais países latinos e emergentes. O público em geral também está sendo conclamado a escrever às autoridades responsáveis para solicitar uma atuação firme do Brasil na temática, nos seguintes endereços eletrônicos:

Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira - gm@mma.gov.br 

Ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella - comunicacao@mpa.gov.br 

Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota - http://www.itamaraty.gov.br/fale-com-ministro 

Presidente do IBAMA, Volney Zanardi - volney.zanardi@ibama.gov.br

Presidente do ICMBio, Roberto Vizentin - presidencia@icmbio.gov.br

Até a presente data o IBAMA, que é a autoridade de aplicação da Convenção CITES no Brasil, não se posicionou publicamente sobre as propostas de restrição do comércio internacional de tubarões e raias. O Brasil contribui para parte desse comércio predatório, não apenas com uma cota de exportação legal mas também com contrabando que estima-se ser muitas vezes superior a esta, dado o enorme volume dos carregamentos já apreendidos de barbatanas de tubarão para exportação ilegal, e que são apenas uma amostra das centenas de milhares de tubarões que estão sendo massacrados em águas brasileiras para alimentar o tráfico asiático.
Fonte: REDE os Verdes/via Facebook

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