Por Pedro Paulo Rocha, economista e professor
Surpreende-me a posição da TV Globo, cujos locutores de o Jornal Nacional chamam o governo provisório de Honduras de golpista. Vejamos os fatos de forma concreta.
Escaldados por ditadores que querem se perpetuar no poder (a exemplo de Fidel Castro e Chavez), os hondurenhos congelaram o prazo dos mandatos presidenciais e proibiram reeleições, através de cláusulas pétreas, estabelecidas democraticamente, que estipulam que quem desrespeitar estes preceitos constitucionais incorre em “crime de traição” e “será afastado de imediato do seu cargo” (arts. 4, 42 inc. 5, 239 e 374 da Constituição de Honduras).
Ora, Manuel Zelaya, inspirado em seu ídolo Chavez, pretendeu ignorar o que estabelecia a constituição hondurenha e tentou mudar aquela cláusula legal e democrática. Proibido pelo Judiciário, insistiu no seu propósito, convocando plebiscito a ser realizado com material fornecido pelo governo da Venezuela, que estimulava e apoiava seu golpe. O Tribunal Supremo Eleitoral mandou recolher o material. Zelaya destituiu o comandante do Exército, enviou seus agentes para impor sua vontade. Diante disto, foi destituído pela Suprema Corte do país e preso, tendo sido substituído pelo presidente da Assembléia Nacional, o próximo na linha sucessória, que assumiu o governo apenas até as eleições marcadas para novembro.
De quem foi o golpe? Quem é o golpista?Escaldados por ditadores que querem se perpetuar no poder (a exemplo de Fidel Castro e Chavez), os hondurenhos congelaram o prazo dos mandatos presidenciais e proibiram reeleições, através de cláusulas pétreas, estabelecidas democraticamente, que estipulam que quem desrespeitar estes preceitos constitucionais incorre em “crime de traição” e “será afastado de imediato do seu cargo” (arts. 4, 42 inc. 5, 239 e 374 da Constituição de Honduras).
Ora, Manuel Zelaya, inspirado em seu ídolo Chavez, pretendeu ignorar o que estabelecia a constituição hondurenha e tentou mudar aquela cláusula legal e democrática. Proibido pelo Judiciário, insistiu no seu propósito, convocando plebiscito a ser realizado com material fornecido pelo governo da Venezuela, que estimulava e apoiava seu golpe. O Tribunal Supremo Eleitoral mandou recolher o material. Zelaya destituiu o comandante do Exército, enviou seus agentes para impor sua vontade. Diante disto, foi destituído pela Suprema Corte do país e preso, tendo sido substituído pelo presidente da Assembléia Nacional, o próximo na linha sucessória, que assumiu o governo apenas até as eleições marcadas para novembro.
Lamentável foi à atitude do governo brasileiro, que participou da trama para provocar convulsões populares em Honduras, conforme confessou publicamente o tiranete Chavez, acolhendo e permitindo que o verdadeiro golpista fizesse comícios de dentro de nossa embaixada, usada como palco.
Mas Lula, como sempre, não sabe de nada!
Comentário do Jornal dos Amigos
O texto de Pedro Paulo trouxe a evidência dos fatos para a crise em Honduras. Mas uma outra evidência grave é a intromissão do presidente da República (não o Brasil) nos assuntos que diz respeito a outro país. Fere a nossa constituição (e querem feri-la de morte). Agora, está faltando sabedoria no governo provisório de Honduras. Deveriam ter deixado os representantes da OEA adentrarem ao país para conversarem uma saída, afinal as eleições hondurenhas estão marcadas para novembro próximo.
Aliás, como ficam as eleições? Quem são os candidatos à presidência?
A grande imprensa não fala sobre esse assunto. Um outro fato grave é o prejuízo para a economia de Honduras. A situação do país já cria dúvidas e temores para os empresários importadores que já procuram outros mercados fornecedores. Cerca de 80% da produção agro-industrial de Honduras é destinada à exportação.
Os Estados Unidos (omissos até então) importam cerca de 90% de seus produtos, tais como pescado, têxteis, frutas, café. A remessa de numerário de hondurenhos no exterior é de cerca US$ 2,4 bilhões. O PIB hondurenho é de somente 14,1 bilhões. A confusão gerada no país -com o refúgio do "Zé Laia" na embaixada brasileira gerando o toque de recolher- vai causar prejuízos favoráveis à intenção do triunvirato biruta da América Latina. Cacete nos três.
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