Ex-Aracruz tenta amenizar aumento de plantio ao dizer que deu dinheiro a índios
Por Flavia Bernardes
Ao contrário do que foi declarado em A Gazeta, a ex-Aracruz Celulose (Fibria) não repassou R$ 1,8 milhão às comunidades indígenas do Estado. Este valor representa o pagamento, pela empresa, de uma verba a que foi obrigada a liberar para que as aldeias tivessem meios de buscar sustentabilidade. A verba faz parte do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que obrigou a empresa a devolver 11.009 hectares de terras indígenas ileglmente ocupadas por ela e assim garantir a sua recuperação. Com o anúncio, a transnacional tenta amenizar seus planos de dobrar a produção e, portanto, ocupar mais 100 mil hectares de terras do Espírito Santo.
A verba desembolsada pela transnacional, portanto, nada mais é do que o cumprimento de um acordo feito entre índios, empresa e Ministério Público Federal (MPF), para garantir que as terras indígenas sejam devolvidas aos seus verdadeiros donos em condições de garantir a sustentabilidade das famílias Tupinikim e Guarani no norte do Estado.
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