Político fecha 1.500 empresas emissoras de poluentes em Tangshan, na China
Huang: ‘Mesmo tendo fechado tantas empresas, o PIB do município dobrou duas vezes nos últimos cinco anos’
Quando se trata de galgar degraus na escada burocrática chinesa, fechar fábricas para cortar emissões de gases de efeito estufa pode ser um bom impulso na carreira de alguns políticos.
Como vice-prefeito de Tangshan, no nordeste da China, Huang Huikang tornou a eficiência energética uma de suas maiores prioridades, tomando medidas agressivas para refrear as emissões de gases causadores de efeito estufa das muitas fábricas da cidade. Hoje, ele é o representante da China para mudanças climáticas, negociando com autoridades de vários países do mundo.
O próprio Huang explica que ele e seus colegas conseguiram, ao menos em uma cidade, cumprir o desafio de reduzir emissões ao mesmo tempo em que promovem rápido crescimento econômico. Eles não fecharam simplesmente as fábricas na cidade, um grande centro produtor de cimento e aço, mas substituíram suas plantas poluentes por outras, que utilizam energia mais limpa. É claro que realizar essas mudanças por sanção governamental é mais fácil num país onde as autoridades não enfrentam eleições democráticas.
"Nós fechamos 1.500 empresas muito poluentes", diz Huang, acrescentando que mesmo tendo tomado essa medida, o Produto Interno Bruto (PIB) do município dobrou duas vezes nos últimos cinco anos, chegando a US$ 400 milhões.
Nos EUA, muitos políticos estão relutantes em impor restrições mandatórias para reduzir emissões de gases que aumentam o efeito estufa, temendo uma reação política. Mas o governo chinês começou a fazer progressos para reduzir seu índice de emissões ao responsabilizar funcionários em nível local e provincial - e também os mil maiores emissores da nação.
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