Bancocracia
O carácter mais sinistro e anti-social do dinheiro escriturado é a sua não existência. Os bancos devem ao público uma quantia total de dinheiro que não existe.
Comprando e vendendo por meio de cheques, só se produz uma troca no particular a quem o dinheiro é devido pelo banco. Enquanto a conta de um cliente é debitada, a de outro cliente é creditada, e os bancos podem continuar a dever indefinidamente essa quantia.
Graças a uma artimanha, tendo começado sem nada próprio, os banqueiros puseram o mundo inteiro a dever-lhes dinheiro. Esse dinheiro nasce cada vez que os bancos "emprestam" e desaparece cada vez que o empréstimo é devolvido. De maneira que, se a indústria pagar tudo, o dinheiro da nação desaparece. É isto que torna tão perigosa a prosperidade, já que destrói o dinheiro justamente quando é mais necessário, precipitando a crise.
Frederick Soddy citado por Joaquín Bochaca in A Finança e o Poder
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