Vereador Marcelo Sgarbossa (PT) na tribuna da Câmara
foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA
A falsa polêmica sobre o corte das árvores no Gasômetro
No dia em que a Capital amanheceu cinza e chuvosa, a prefeitura aproveitou a madrugada para retirar os manifestantes acampados no Gasômetro e retomar o corte de árvores para as obras de duplicação da avenida Beira Rio. Na tarde desta quarta-feira (29/5), o vereador Marcelo Sgarbossa (PT) subiu à tribuna para manifestar a posição do coletivo sobre a falsa polêmica que foi criada. “Teve jornal que escreveu que era ‘a obra ou elas’. Como se houvesse um impasse entre as árvores e o progresso. O que não é verdade! O debate não é esse.”
Marcelo ressaltou que a questão central é sobre o projeto de cidade que queremos. Lembrou que, no passado, muita gente dizia que o Mercado Público e a própria Usina do Gasômetro impediam o progresso da Capital. “E hoje vemos que isso não era verdade, pois os dois prédios continuam no mesmo lugar”.
Segundo ele, diversas cidades do mundo perceberam que estavam erradas e voltaram atrás. “Já mostrei imagens aqui de Seul (Coreia do Sul), Nova Iorque e Boston (EUA), onde as auto-estradas que passavam dentro das cidades foram destruídas para abrir espaços de convivência para as pessoas”.
Na ordem de reintegração de posse, apresentada na noite desta terça-feira (28/5), a juíza alegava que a obra facilitaria a mobilidade urbana. “Não há uma manifestação técnica. A própria Justiça não entrou no mérito sobre a necessidade da obra, apenas autorizando o corte”, esclareceu. “Mesmo achando que é justificável a posição de muitas pessoas, de minha parte, não há fundamentalismo quanto à manutenção das árvores. O que acontece é que a duplicação de vias não resolve os problemas de mobilidade”.
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