Meio Ambiente: Poeira do Saara fertiliza a floresta amazônica
Mesmo parecendo auto-suficiente, há mais de uma década os cientistas sabem que a existência da floresta amazônica depende, em grande parte, do abastecimento de materiais minerais que são retirados do solo do deserto do Saara pela ação das chuvas. Esses materiais chegam até a América do Sul através das tempestades de areia e poeira, que sopram da África em direção ao Atlântico.
O interessante é que mais mais da metade dessa poeira fertilizante têm origem em um único local, um vale na região norte do Chad conhecida como Depressão Bodele.
O interessante é que mais mais da metade dessa poeira fertilizante têm origem em um único local, um vale na região norte do Chad conhecida como Depressão Bodele.
De acordo com um estudo internacional, liderado pelo cientista Ilan Koren, do Instituto de Ciências Ambientais e Pesquisas Energéticas, dos EUA, pelo menos 56% da poeira que chega até a Amazônia têm origem no vale da Depressão Bodele. Segundo Koren e seus colegas americanos, israelenses e brasileiros, aproximadamente 50 milhões de toneladas de poeira trazidas do deserto chegam à floresta todos os anos. Um número bem maior que as 13 toneladas consideradas até agora.
A nova estimativa coincide com os cálculos que sugerem a quantidade necessária de minerais vitais para continuidade da floresta.
Os pesquisadores acreditam que o Vale de Bodele tem essa importância na fertilização mineral da floresta devido ao seu formato e características geográficas. O vale é flanqueado, em ambos os lados, por enormes montanhas basálticas, que formam uma espécie de cone com uma estreita abertura do lado nordeste. Os ventos que circulam dentro do vale o fazem de forma muito parecida como a luz é focalizada por uma lente, criando uma espécie de túnel de vento. Com resultado, violentas rajadas pontuais de superfície são aceleradas e "focalizadas", no solo, praticamente extraindo a a poeira que é soprada em direção ao oceano através das tempestades de areia. Esse mecanismo permite que o Vale de Bodele exporte esse material rico em minerais, milhares de quilômetros a oeste, contribuindo de maneira decisiva para a sustentação da vida da floresta amazônica.
Fotos: A imagem superior mostra uma intensa tempestade de areia e poeira na região da Depressão Bodele, no Chad, ocorrida no dia 29 de dezembro de 2006, e captada pelo satélite de sensoriamento remoto Aqua. Alguns dias depois, outra tomada de satélite mostra a mesma poeira rica em nutrientes soprada sobre as ilhas de Cabo Verde. Destino: Amazônia.
Fonte: Jornal do Amigos
Os pesquisadores acreditam que o Vale de Bodele tem essa importância na fertilização mineral da floresta devido ao seu formato e características geográficas. O vale é flanqueado, em ambos os lados, por enormes montanhas basálticas, que formam uma espécie de cone com uma estreita abertura do lado nordeste. Os ventos que circulam dentro do vale o fazem de forma muito parecida como a luz é focalizada por uma lente, criando uma espécie de túnel de vento. Com resultado, violentas rajadas pontuais de superfície são aceleradas e "focalizadas", no solo, praticamente extraindo a a poeira que é soprada em direção ao oceano através das tempestades de areia. Esse mecanismo permite que o Vale de Bodele exporte esse material rico em minerais, milhares de quilômetros a oeste, contribuindo de maneira decisiva para a sustentação da vida da floresta amazônica.
Fotos: A imagem superior mostra uma intensa tempestade de areia e poeira na região da Depressão Bodele, no Chad, ocorrida no dia 29 de dezembro de 2006, e captada pelo satélite de sensoriamento remoto Aqua. Alguns dias depois, outra tomada de satélite mostra a mesma poeira rica em nutrientes soprada sobre as ilhas de Cabo Verde. Destino: Amazônia.
Fonte: Jornal do Amigos
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