Criação de nova agência ambiental global ganha força
A possibilidade de a Organização Mundial para o Meio Ambiente virar uma realidade ainda este ano é cada vez maior, com mais de 100 países já apoiando a iniciativa, afirmou nesta semana Nathalie Kosciusko-Morizet, ministra de Ecologia da França. Entre as nações que já se manifestaram a favor da iniciativa estão os componentes da União Europeia e da União Africana (54 membros), Tailândia, Malásia, Nepal, Chile e Uruguai. Estados Unidos e China ainda não se posicionaram.
A ministra fez essa declaração durante um discurso na conferência internacional sobre a preparação para a Rio +20 no âmbito do Conselho Econômico e Social, em Paris, contando com a presença de representantes do Programa das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente (PNUMA), da OECD e de mais de vinte países, além de empresários, ONGs, sindicatos e outras organizações.
"A Rio +20 não será um sucesso se não propusermos uma reforma da governança mundial e o reforço do seu pilar ambiental", enfatizou Nathalie. "Os vinte anos que seguiram após a Eco 92 não apresentaram avanços significativos em direção à sustentabilidade do modelo atual de desenvolvimento."
ONU 'Verde' pelo Planeta |
O PNUMA é criticado por não ter força suficiente para lidar com os desafios atuais, sendo apenas um braço das Nações Unidas (não possuindo o escopo de uma agência) e contar somente com uma equipe de 58 membros eleitos pela Assembleia Geral das Nações Unidas e um orçamento voluntário.
"Há uma dispersão generalizada de todos os esforços, nacionais e internacionais, na luta contra a degradação da biosfera, tudo está separado, compartimentado", resumiu Edgar Morin, sociólogo francês.
Sediado em Nairóbi, o PNUMA foi estabelecido em 1972, atendendo a proposta da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada naquele ano em Estocolmo, na Suécia.
Fonte: Site Instituto Carbono Brasil
Fonte: Site Instituto Carbono Brasil
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