Evento destaca importância do Rio Pelotas
Seminário em Porto Alegre reúne especialistas para defender implantação do Corredor Ecológico na região
Seminário em Porto Alegre reúne especialistas para defender implantação do Corredor Ecológico na região
O encontro “Quem Trabalha pelo Corredor do Pelotas” vai ocorrer nos dias 14 e 15 de janeiro de 2010 na Fundação Zoobotânica do RS com a presença de autoridades do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e de pesquisadores que atuam na região.
Promovido pelas ONG’s Mira-Serra e The Nature Conservancy (TNC), o seminário terá um papel relevante na disseminação e conscientização da importância do Rio Pelotas. “Acreditamos que só é possível defender aquilo que sabemos que existe e que, quanto mais se conhece, mais valor se dá a uma pessoa, lugar ou bem. Neste sentido entendemos que é fundamental a divulgação desta causa para sensibilizar a população em geral”, afirma Káthia Vasconcellos Monteiro, ativista da Mira-Serra.
A preservação do rio Pelotas é imprescindível para a conservação da diversidade biológica, cultural e histórica da região por onde ele passa, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul.
Káthia salienta que o Pelotas é um rio que historicamente esteve presente na vida das pessoas. “Foi lugar de passagem dos antigos tropeiros que nele tinham que atravessar suas mulas”. O Passo de Santa Vitória, na foz do rio dos Touros, foi o local de travessia desses tropeiros e foi também palco de um evento importante da revolução farroupilha. “Foi lá que aconteceu o combate de Santa Vitória, em 1839, com a presença de Anita Garibaldi lutando para derrubar as forças do império”, conta.
Alguns temas já foram identificados e serão apresentados no seminário: pesquisa, educação ambiental, divulgação/conscientização, lobby, história, turismo/eco-turismo/turismo rural, uso sustentável/uso múltiplo – manejo campo sem fogo, produção de mel, artesanato e impactos negativos (ameaças).
O encontro também servirá para a definição do roteiro mais interessante do rio para uma expedição com especialistas que deverá ocorrer em 23 de fevereiro à região.
Corredor Ecológico
O Corredor Ecológico, defendido pelas ONG’s, é uma unidade de conservação que vai possibilitar o fluxo de espécies, facilitando a dispersão e a colonização de áreas degradadas e manutenção de populações animais que precisam de áreas com extensão maior para sobrevivência.
O projeto é um termo de compromisso firmado entre o MMA, o Ministério Público e outros órgãos, lá em 2004, para a conclusão do licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Barra Grande.
Hidrelétricas: ameaça real
O enchimento do lago de Barra Grande praticamente inundou as últimas áreas remanescentes de floresta com araucárias, e são nestas margens do Pelotas que agora sobrevivem as últimas áreas de transição das florestas ombrófila mista e estacional e também de campos naturais da região, fato que confere ao local um alto índice de biodiversidade. “Estas formações são atualmente as mais ameaçadas do Bioma da Mata Atlântica”, destaca Káthia.
Três hidrelétricas já estão instaladas ao longo do curso do rio: a de Itá (no oeste catarinense), a de Machadinho (entre a gaúcha Maximiliano de Almeida e a catarinense Piratuba) e a de Barra Grande.
E a próxima ameaça está a caminho. Trata-se da usina de Pai Querê, que está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
Esportes radicais
Outro atrativo encontrado nas curvas do Pelotas são as cachoeiras belíssimas de se contemplar. Com seu leito rochoso, o rio oferece aos visitantes águas volumosas e transparentes e em vários trechos, paredões de pedra e serras. “É sem dúvida um grande corredor ecológico, que pode ser apreciado tanto nos seus remansos, quanto em suas corredeiras”, afirma a bióloga Lisiane Becker, coordenadora da Mira-Serra.
A ambientalista lembra ainda que o Pelotas é um verdadeiro paraíso para os adeptos dos esportes radicais. Com suas corredeiras e paisagens é um rio que tem ainda muitas oportunidades a oferecer, não somente por seu passado e sua história, mas por seu presente e futuro. “Ao ser cavalgado pela primeira vez por um bote de rafting, foi comparado pelo comandante, ao famoso rio Zambezi, paraíso do rafting na África”, destaca Lisiane.
Serviço
O que: Quem Trabalha pelo Corredor do Pelotas
Quando: 14 e 15 de janeiro de 2010 a partir das 9h
Onde: Fundação Zoobotânica do RS (Rua Salvador França, 1427)
Entrada Franca
Mais informações e entrevistas com Káthia Vasconcellos Monteiro nos telefones: (51) 3233-7206 ou 9992-7537. E-mail: kathiavm@cpovo.net
Fotos do Rio Pelotas e da expedição realizada em 2006 podem ser encontradas no site http://www.apremavi.org.br/
Crédito das fotos: Miriam Prochnow
Sobre a Mira-Serra
O PROJETO MIRA-SERRA é uma Organização Não Governamental, de caráter científico e cultural, que visa a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas do Rio Grande do Sul. O projeto-piloto da ONG têm seu núcleo de estudo na RPPN Mira-Serra, na encosta do Cerro do João Ferreiro/Alto Padilha em São Francisco de Paula, no bioma Mata Atlântica.
Página na Internet - http://www.miraserra.org.br/
Sobre o TNC
Criada em 1951, a TNC é uma organização sem fins lucrativos voltada para a conservação da natureza. Presentes em mais de 34 países, já ajudou a proteger mais de 47 milhões de hectares em todo o mundo. No Brasil, a TNC atua desde a década de 80 e tornou-se uma organização brasileira em 1994.
Página na Internet- http://www.nature.org/wherewework/southamerica/brasil/
Jornalista Responsável
Carlos Matsubara
Promovido pelas ONG’s Mira-Serra e The Nature Conservancy (TNC), o seminário terá um papel relevante na disseminação e conscientização da importância do Rio Pelotas. “Acreditamos que só é possível defender aquilo que sabemos que existe e que, quanto mais se conhece, mais valor se dá a uma pessoa, lugar ou bem. Neste sentido entendemos que é fundamental a divulgação desta causa para sensibilizar a população em geral”, afirma Káthia Vasconcellos Monteiro, ativista da Mira-Serra.
A preservação do rio Pelotas é imprescindível para a conservação da diversidade biológica, cultural e histórica da região por onde ele passa, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul.
Káthia salienta que o Pelotas é um rio que historicamente esteve presente na vida das pessoas. “Foi lugar de passagem dos antigos tropeiros que nele tinham que atravessar suas mulas”. O Passo de Santa Vitória, na foz do rio dos Touros, foi o local de travessia desses tropeiros e foi também palco de um evento importante da revolução farroupilha. “Foi lá que aconteceu o combate de Santa Vitória, em 1839, com a presença de Anita Garibaldi lutando para derrubar as forças do império”, conta.
Alguns temas já foram identificados e serão apresentados no seminário: pesquisa, educação ambiental, divulgação/conscientização, lobby, história, turismo/eco-turismo/turismo rural, uso sustentável/uso múltiplo – manejo campo sem fogo, produção de mel, artesanato e impactos negativos (ameaças).
O encontro também servirá para a definição do roteiro mais interessante do rio para uma expedição com especialistas que deverá ocorrer em 23 de fevereiro à região.
Corredor Ecológico
O Corredor Ecológico, defendido pelas ONG’s, é uma unidade de conservação que vai possibilitar o fluxo de espécies, facilitando a dispersão e a colonização de áreas degradadas e manutenção de populações animais que precisam de áreas com extensão maior para sobrevivência.
O projeto é um termo de compromisso firmado entre o MMA, o Ministério Público e outros órgãos, lá em 2004, para a conclusão do licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Barra Grande.
Hidrelétricas: ameaça real
O enchimento do lago de Barra Grande praticamente inundou as últimas áreas remanescentes de floresta com araucárias, e são nestas margens do Pelotas que agora sobrevivem as últimas áreas de transição das florestas ombrófila mista e estacional e também de campos naturais da região, fato que confere ao local um alto índice de biodiversidade. “Estas formações são atualmente as mais ameaçadas do Bioma da Mata Atlântica”, destaca Káthia.
Três hidrelétricas já estão instaladas ao longo do curso do rio: a de Itá (no oeste catarinense), a de Machadinho (entre a gaúcha Maximiliano de Almeida e a catarinense Piratuba) e a de Barra Grande.
E a próxima ameaça está a caminho. Trata-se da usina de Pai Querê, que está prevista no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal.
Esportes radicais
Outro atrativo encontrado nas curvas do Pelotas são as cachoeiras belíssimas de se contemplar. Com seu leito rochoso, o rio oferece aos visitantes águas volumosas e transparentes e em vários trechos, paredões de pedra e serras. “É sem dúvida um grande corredor ecológico, que pode ser apreciado tanto nos seus remansos, quanto em suas corredeiras”, afirma a bióloga Lisiane Becker, coordenadora da Mira-Serra.
A ambientalista lembra ainda que o Pelotas é um verdadeiro paraíso para os adeptos dos esportes radicais. Com suas corredeiras e paisagens é um rio que tem ainda muitas oportunidades a oferecer, não somente por seu passado e sua história, mas por seu presente e futuro. “Ao ser cavalgado pela primeira vez por um bote de rafting, foi comparado pelo comandante, ao famoso rio Zambezi, paraíso do rafting na África”, destaca Lisiane.
Serviço
O que: Quem Trabalha pelo Corredor do Pelotas
Quando: 14 e 15 de janeiro de 2010 a partir das 9h
Onde: Fundação Zoobotânica do RS (Rua Salvador França, 1427)
Entrada Franca
Mais informações e entrevistas com Káthia Vasconcellos Monteiro nos telefones: (51) 3233-7206 ou 9992-7537. E-mail: kathiavm@cpovo.net
Fotos do Rio Pelotas e da expedição realizada em 2006 podem ser encontradas no site http://www.apremavi.org.br/
Crédito das fotos: Miriam Prochnow
Sobre a Mira-Serra
O PROJETO MIRA-SERRA é uma Organização Não Governamental, de caráter científico e cultural, que visa a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas do Rio Grande do Sul. O projeto-piloto da ONG têm seu núcleo de estudo na RPPN Mira-Serra, na encosta do Cerro do João Ferreiro/Alto Padilha em São Francisco de Paula, no bioma Mata Atlântica.
Página na Internet - http://www.miraserra.org.br/
Sobre o TNC
Criada em 1951, a TNC é uma organização sem fins lucrativos voltada para a conservação da natureza. Presentes em mais de 34 países, já ajudou a proteger mais de 47 milhões de hectares em todo o mundo. No Brasil, a TNC atua desde a década de 80 e tornou-se uma organização brasileira em 1994.
Página na Internet- http://www.nature.org/
Jornalista Responsável
Carlos Matsubara
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