Somália: a lixeira nuclear
Somália é um dos numerosos países subdesenvolvidos que desde os anos oitenta recebeu inumeráveis cargas de resíduos nucleares e outros dejetos tóxicos dos países desenvolvidos e os armazenou ao longo de sua costa. Os somalis informam agora que 40% de sua população padecem de câncer.
A Somália não era o único destino. Também estavam previstos Zaire, Malawi, Eritreia, Argélia e Moçambique.
Tratava-se de uma violação dos acordos internacionais a exportação de semelhantes dejetos à Somália, e era eticamente questionável que pudessem estabelecer-se semelhantes convênios com um país sacudido por uma guerra civil. A indignação do UNEP (United Nations Environment Programme), o Programa da ONU para a proteção ao meio ambiente, parecia justificada.
Mas a incógnita se mantém aberta: se desde os anos oitenta se deram esses casos, por que o UNEP não tomou medidas mais enérgicas antes?
As nações Unidas não se manifestaram até depois do escândalo do barco sírio “Zenobia”, que em 1988 transportava cerca de 20 mil toneladas de resíduos nucleares e durante meses esteve buscando um porto para poder descartá-las.
[Tradução de Diário Liberdade]
Fonte: REDE Os Verdes/via e-mail
Nenhum comentário:
Postar um comentário