Vazamento de petróleo na costa da China é grave, afirma companhia
Derramamento no Golfo de Bohai corresponde a 2.100 barris de óleo. Empresa ConocoPhilips demorou semanas para divulgar fato
Um vazamento de petróleo que contaminou milhares de quilômetros quadrados no Golfo de Bohai (nordeste de China) se revelou mais importante do que o calculado, afirmou a sociedade americana ConocoPhillips, que prometeu limpar a mancha negra.
A ConocoPhillips havia considerado que uma quantidade de 1.500 barris de petróleo e lodos contaminantes vazaram de duas plataformas que operam no mar em sociedade com estatal chinesa CNOOC. Em um comunicado, a ConocoPhillips indicou que, de fato, o vazamento equivale a mais de 2.100 barris.
"A ConocoPhillips Chine registra avanços importantes nas operações de limpeza", afirmou Georg Storaker, presidente da unidade chinesa.
A administração de Estado da China, encarregada da gestão dos oceanos, acusou no início de agosto a ConocoPhillips de demorar nas operações de limpeza. O vazamento só foi divulgado semanas depois, agravando as possíveis consequências para a saúde humana e o meio ambiente.
Em julho de 2010, a explosão de dois oleodutos no nordeste da China provocou o vazamento de 1.500 toneladas de petróleo no mar, segundo o governo, mas, de acordo com o Greenpeace, o derramamento pode ter sido 60 vezes mais importante.
Impacto
Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Tianjin afirma que o desenvolvimento da atividade petrolífera em alto mar (classificada como offshore) coloca em risco a biodiversidade na costa chinesa.
Estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Tianjin afirma que o desenvolvimento da atividade petrolífera em alto mar (classificada como offshore) coloca em risco a biodiversidade na costa chinesa.
O governo criou um plano de investimentos na atividade marítima no intuito de aumentar em 13,5% a produção entre 2006 e 2010, elevando a participação no PIB nacional.
Em entrevista ao periódico "China Daily", o professor Sun Baocun afirma que a aceleração desta atividade pode aumentar a poluição industrial. A reportagem afirma ainda que se o país continuar explorando recursos naturais de forma inconsequente, o Mar de Bohai "se tornará um mar morto, com nenhuma criatura viva".
*Com informações da France Presse e do China Daily
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