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segunda-feira, 1 de março de 2010

Chile enfrenta reflexos do terremoto

Chile enfrenta reflexos do terremoto
Um dia após o forte terremoto de 8,8 graus de magnitude que abalou o país, o Chile enfrenta os reflexos da tragédia que já deixou mais de 300 mortos. Enquanto as autoridades realizam os trabalhos de busca por sobreviventes nos escombros, chilenos desesperados começaram a saquear lojas e supermercados neste domingo (28), em busca de água e alimentos.
A polícia chilena entrou em confronto com várias famílias que saqueavam um supermercado na cidade de Concepción, uma das mais atingidas pelo poderoso terremoto de sábado. Os policiais usaram bombas de gás lacrimogêneo para tentar dispersar as cerca de mil pessoas. "É para meus filhos, não temos nada, é a pura necessidade", disse uma mãe, que corria com duas caixas de leite entre os braços. A prefeita de Concepción, Jacqueline Van Rysselberghe, exigiu ao governo que envie militares para "restabelecer a ordem" na cidade, a segunda maior do país. "São necessários militares nas ruas, porque há um caos", afirmou. Também em Concepción, equipes de resgate avançam lentamente nos escombros de um recém-inaugurado prédio de 11 andares que desabou deixando aproximadamente cem pessoas presas.
Passadas mais de 14 horas desde o tremor, apenas 16 foram retiradas de lá com vida, e seis corpos foram encontrados.
Réplica Como se não bastassem os estragos causados pelo terremoto do dia anterior, os chilenos ainda sofrem com as várias réplicas que continuam por todo o país. Uma delas teve magnitude de 6,2 e o epicentro foi localizado a cerca de 145 quilômetros ao sul da capital Santiago, de acordo com Serviço Geológico dos Estados Unidos. O novo sismo provocou o desmoronamento definitivo de construções que já estavam bem danificadas, especialmente na cidade de Talca, no sul chileno. De acordo com o serviço americano, pelo menos 90 tremores subsequentes ao terremoto principal ocorreram nas últimas 24 horas.
Diante disso, milhões de chilenos passaram a noite acordados. Centenas de pessoas dormiram em colchões e cadeiras de plástico nas ruas do centro de Santiago, com medo de outro terremoto como o que demoliu edifícios e hospitais, quebrou pontes e virou automóveis como se fossem de brinquedo no sábado. Ajuda internacional Neste domingo, a presidente Michele Bachelet visitou áreas destruídas pela tragédia em Concepción, após declarar no dia anterior que o terremoto afetou pelo menos 2 milhões de pessoas.
Apesar disso, o país ainda não pediu assistência internacional, como informou o embaixador chileno nas Nações Unidas, Heraldo Muñoz.
A UE (União Europeia) disse que vai disponibilizar 3 milhões de euros em ajuda para apoiar o país.
Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Brasil estão entre os países que também ofereceram ajuda.
Fonte: Redação Yahoo! Brasil

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