Verdes condenam Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina
Sr. Presidente
Sras. e Srs. Deputados
Na passada segunda-feira o Grupo Parlamentar “Os Verdes”deslocou-se, a pedido de populações locais, mais uma vez, ao Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina
Sras. e Srs. Deputados, posso assegurar-vos que aquilo parecia nuns locais uma lixeira a céu aberto, noutros um mar de plástico de extensas estufas e noutros o deserto onde outrora estavam lagoas.
É nestes locais que o território é classificado, supostamente com vista a preservar a sua riqueza natural, desde 1988, e com um plano de ordenamento desde 1995. E tudo isto deu no que vos referi.
Ou seja, temos uma área classificada apenas no papel, e temos um plano de ordenamento que não ordenou absolutamente nada, antes contribuiu para a destruição do Parque, juntamente com a claríssima evidência de falta de recursos de um Parque Natural que se estende de S.Torpes a Burgau e que tem apenas sete vigilantes da Natureza, duas viaturas e recursos financeiros escassíssimos, que o Governo insiste em diminuir de Orçamento em Orçamento, que têm repercussões tão negativas como a total inacção em relação a perdas progressivas de comunidades florísticas únicas no mundo, e que deveriam promover orgulho e fomentar preservação, como o Plantago almogravensis, cujo espaço foi invadido por acácias.
Está em revisão esse Plano de Ordenamento, suspirarão alguns. Sim, é verdade, a consulta pública terminou no passado dia 30 de Abril, o ICNB elaborará agora uma proposta final, supostamente tendo em conta os contributos da consulta pública, e a proposta de revisão do Plano seguirá para Conselho de Ministros. Tudo aparentaria ser normal, acaso esta revisão do Plano de Ordenamento não tivesse obtido a consensualidade, por parte de todas as entidades, associações e populações, de que é uma aberração que levará à destruição progressiva daquele Parque Natural.
Fonte: Pravda RU
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