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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Evento aponta mobilização pelo Pampa

Evento aponta mobilização pelo Pampa
No dia 17 de dezembro, dia do Bioma Pampa, um seminário realizado no Plenarinho da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul debateu estratégias para a conservação deste bioma. Um dos principais consensos para que este objetivo se realize é a articulação entre municípios que possuem áreas importantes para a conservação, estados e o Governo Federal. A atividade foi promovida pela Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul e Secretaria Estadual do Meio Ambiente.
“A presença do Ministério do Meio Ambiente no evento foi importante para uma aproximação que vise à criação de áreas de proteção no Bioma Pampa”, disse Arlete Pasqualetto, presidente da FZB.
Longe da meta O Bioma Pampa – que também inclui áreas no Uruguai, Argentina e Paraguai - possui 705 mil km², sendo pouco mais de 3% do território em áreas protegidas e menos de 1% em áreas de proteção integral. O dado atual está distante da meta estabelecida na Convenção sobre Diversidade Biológica de que, “até 2020, 17% das áreas terrestres e de águas continentais, e pelo menos 10% das áreas costeiras e marinhas, especialmente áreas de particular importância para a biodiversidade e para os serviços ecossistêmicos, sejam conservadas”, informou Giovana Palazzi, do Departamento de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente.
Segundo Eduardo Vélez, pesquisador da UFRGS, ainda restam 36% do bioma pampa conservado, dividido em campos (18,4%), formações savânicas (11) e florestas (6,6%). Estas formações estão espalhadas nas seguintes regiões do Estado: Campanha, Serra do Sudeste, Missões/ Planalto Médio, Depressão Central e Planície e Zona Costeira. “Destas, temos três grandes núcleos ainda bem conservados: a Serra do Sudeste, a Campanha e Missões, num cenário de grande transformação sofrendo com a pressão de plantios de soja e da silvicultura”.
Outro dado preocupante é a disseminação do Capim Annoni, espécie de gramínea invasora que predomina em diversas regiões do Estado, presente em uma área que pode variar de um a dois milhões de hectares. Boas práticas O evento também reuniu experiências como o uso dos elementos naturais do Pampa como forma de geração de renda. Lilian Wrinckler, da Embrapa Clima Temperado, citou a agroindústria abastecida por frutos do Pampa e a flora com fins ornamentais como alternativas ainda pouco exploradas.
Do município de Candiota, a experiência da Reserva Biológica Biopampa foi apresentada pelo Centro de Estudos e Apoio ao Desenvolvimento Integral (Ceadi) como um exemplo prático de busca pela conservação da biodiversidade do Pampa. A Reserva da Biosfera da Mata Atlântica serviu como exemplo de instrumento público para a conservação deste bioma que também ocorre no Estado.
Além de um público de aproximadamente 50 pessoas, o evento reuniu representantes da Assembleia Permanente das Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APeDeMA), Embrapa Clima Temperado, Sema, Comitê Estadual da Reserva da Mata Atlântica, Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente (Mogdema), Ministério do Meio Ambiente, Ceadi e UFRGS.
Fonte: Asscom/FZB

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