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segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Lixos em Minha/Nossa Cidade

Lixos em Minha/Nossa Cidade
Por Fabrini Schwalm Cezar*
Preciso de ajuda!
No Município de Sentinela do Sul, onde moro, todo o “lixo” é encaminhado para um aterro sanitário localizado no município de Minas do Leão, distante 147 km de minha cidade, sendo que no município vizinho, em Tapes/RS, distante 19 km existe uma cooperativa de reciclagem de resíduos sólidos, a COOPERCARE (Cooperativa Mista dos Carroceiros e Recicladores de Tapes).
Expliquem-me, porque em Sentinela do Sul, os órgãos competentes, e/ou os Vereadores Municipais ainda não fizeram um projeto para levarmos a nossa matéria prima (que muitos teimam em chamar de lixo) para a cooperativa de Tapes, já que não temos uma?
A cooperativa fica perto e gastaria menos combustível para deslocar os resíduos até a cidade vizinha, do que enviá-lo para longe.
É mais viável fazer um projeto de conscientização ambiental, com a população do Município sendo informada para separar o reciclável (que é a matéria prima que vai para o aterro), dos rejeitos (o que não tem valor), do que gastar fortunas para “livrarem-se do lixo”, achando que mandando-o para longe, estaremos livres dele.
Pelo contrário, e quando este esgotar sua vida útil, o que faremos? Talvez queiram novamente instalar um aterro aqui, a população vai gostar?
Encaminhando só o que não tem aproveitamento (porque ainda não sabemos como aproveitar), a vida útil de um aterro será muito mais longa e usufruiremos por muito mais tempo do local para disposição correta de rejeitos, não de matéria prima reciclável.
Deveremos mandar para a cidade de Minas do Leão/RS, somente o que não dá mesmo para aproveitar, como o papel higiênico, por exemplo. Mas todo o plástico, vidro, metal, papel, papelão, embalagens, caixas tetrapak, são fontes de renda para nossos vizinhos tapenses, trabalhadores da Usina de Triagem.
A Prefeitura de Sentinela do Sul deve urgentemente encontrar uma solução para nossos resíduos, já que aqui fora perdido o prazo para ganharmos verbas do Governo Federal por não ter sido apresentado um plano de gerenciamento de resíduos sólidos (PMGRS) no tempo estipulado, tendo havido muito tempo para fazerem.
Porque não contratam alguém capacitado para fazer os projetos, receberem verbas para isto???
Que Sentinela do Sul estude um convênio com a Prefeitura de Tapes, e comece logo um projeto de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos no município e atividades de Educação Ambiental, por que Eu, assim como muitos que estão preocupados com os rumos tomados pela humanidade, que se acha no centro das atenções e sentem-se no direito de destruir tudo em troca de um capitalismo desumano, cheio de desigualdades; estamos "cheios" de ver as pessoas colocando o material orgânico na “sacolinha plástica” para mandar para o aterro.
Isso é um absurdo! Em nossa cidade, todos possuem um pátio, e quem não tem, peça para um vizinho e utilize um cantinho da composteira. Ou até mesmo a Prefeitura Municipal fazendo algo, reativando o horto e faça uma campanha para as pessoas levarem seu material orgânico para lá, e então o problema que é o resíduo orgânico, irá ser uma solução inteligente que é praticada há mais de 2000 anos, antes de Cristo, pelos chineses, que se chama "compostagem".
Separar o lixo seco do orgânico, é o mínimo e muitos não o fazem, prejudicando a si mesmo e uma quantidade enorme de seres.
Não desperdice o que pode adubar o chão que tu pisas e 'alimentar' teu alimento, misturando-o para gerar um gás poluente que é o metano, entre outros prejudiciais ao teu próprio pulmão. Use um pouco a sua inteligência!
Ajudem-me! Não sei à quem recorrer!
* Fabrini Schwalm Cezar é Discente do Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental/UERGS - polo Tapes

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