China critica países que desejam ‘matar’ o Protocolo de Kyoto
A China criticou na sexta-feira (3/12), durante a conferência climática da ONU no México, os países que desejam acabar com o Protocolo de Kyoto, numa referência velada à posição do Japão contra a prorrogação desse tratado.
‘Alguns países, até agora, ainda não gostam do Protocolo de Kyoto’, disse o delegado chinês Huang Huikang a jornalistas. ‘E eles querem até matar o Protocolo de Kyoto, acabar com o Protocolo de Kyoto. Esse é um movimento muito preocupante.'
O Protocolo de Kyoto, que foi aprovado em 1997 e expira em 2012, obriga quase 40 países desenvolvidos a reduzirem suas emissões de gases do efeito estufa. A China, que desde então se tornou o maior emissor global desses gases, foi dispensada originalmente por se tratar de um país em desenvolvimento.
O Protocolo de Kyoto, que foi aprovado em 1997 e expira em 2012, obriga quase 40 países desenvolvidos a reduzirem suas emissões de gases do efeito estufa. A China, que desde então se tornou o maior emissor global desses gases, foi dispensada originalmente por se tratar de um país em desenvolvimento.
Os EUA, segundo no ranking das emissões, não ratificaram o tratado por temerem prejuízos econômicos e por discordarem da isenção às economias emergentes.
Vários dos países incluídos no Protocolo de Kyoto – principalmente o Japão – dizem que não aceitarão renovar esse compromisso se grandes emissores, como China e Estados Unidos, não tiverem obrigações a cumprir.
Vários dos países incluídos no Protocolo de Kyoto – principalmente o Japão – dizem que não aceitarão renovar esse compromisso se grandes emissores, como China e Estados Unidos, não tiverem obrigações a cumprir.
‘O Japão não quer matar Kyoto. Matar Kyoto é uma espécie de linguajar de propaganda’, disse o negociador japonês Akira Yamada, que estava sentando ao lado de Huang na entrevista coletiva.
Sem a participação da China e dos EUA, o Protocolo de Kyoto abrange atualmente apenas 27 por cento das emissões globais, e não há perspectiva imediata de aprovação de um novo acordo que substitua o atual, já que persistem as divergências entre países ricos e pobres sobre quais obrigações cada grupo deve assumir.
Os governos esquerdistas da Bolívia e da Venezuela disseram ser ‘inaceitável’ que países desenvolvidos tenham lhes informado sobre a impossibilidade de um novo acordo sobre metas para emissões na atual rodada de discussões climáticas da ONU.
Sem a participação da China e dos EUA, o Protocolo de Kyoto abrange atualmente apenas 27 por cento das emissões globais, e não há perspectiva imediata de aprovação de um novo acordo que substitua o atual, já que persistem as divergências entre países ricos e pobres sobre quais obrigações cada grupo deve assumir.
Os governos esquerdistas da Bolívia e da Venezuela disseram ser ‘inaceitável’ que países desenvolvidos tenham lhes informado sobre a impossibilidade de um novo acordo sobre metas para emissões na atual rodada de discussões climáticas da ONU.
‘A mensagem que ouvimos, para nossa surpresa, foi a seguinte: que não há chance nenhuma de um segundo período de promessas aqui em Cancún’, disse a chefe da delegação venezuelana, Claudia Salerno.
Sem a expectativa de aprovar um novo tratado abrangente contra a mudança climática, a conferência de Cancún se concentra em um pacote de medidas que ofereça recursos para a preservação florestal e outras medidas de mitigação.
A indefinição quanto às políticas pós-2012 preocupa os investidores interessados no mercado global de créditos de carbono, pelo qual países ou empresas que excedem suas quotas de emissões podem compensá-las estimulando projetos florestais ou de energia limpa, por exemplo.
A Agência Internacional de Energia afirma que seria necessário investir 18 trilhões de dólares até 2030 para realizar a mudança do uso de combustíveis fósseis – grandes responsáveis pelas emissões de carbono – para energias limpas.
Fonte: G1
Em Rede:
Sem a expectativa de aprovar um novo tratado abrangente contra a mudança climática, a conferência de Cancún se concentra em um pacote de medidas que ofereça recursos para a preservação florestal e outras medidas de mitigação.
A indefinição quanto às políticas pós-2012 preocupa os investidores interessados no mercado global de créditos de carbono, pelo qual países ou empresas que excedem suas quotas de emissões podem compensá-las estimulando projetos florestais ou de energia limpa, por exemplo.
A Agência Internacional de Energia afirma que seria necessário investir 18 trilhões de dólares até 2030 para realizar a mudança do uso de combustíveis fósseis – grandes responsáveis pelas emissões de carbono – para energias limpas.
Fonte: G1
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