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sábado, 11 de dezembro de 2010

O que comemos e nem imaginamos

 
O que comemos e nem imaginamos
Por Fernanda B. Müller 
Nesta segunda reportagem sobre agrotóxicos no Brasil, enfatizamos a importância de um maior controle no seu uso no cultivo de alimentos, apresentando estatísticas da ANVISA e os impactos sobre a nossa saúde.
Sendo o maior consumidor mundial de agrotóxicos, o Brasil enfrenta um grande desafio no controle do seu uso e no desenvolvimento de pesquisas para retirar produtos tóxicos do mercado e avaliar os efeitos das milhares de substâncias ativas que circulam em nossos pratos diariamente.
Até mesmo a nossa legislação reconhece a periculosidade do uso de agrotóxicos.
A Constituição Federal em seu Art. 220, § 4º, determina que a propaganda de produtos nocivos, entre eles os agrotóxicos, seja acompanhada de advertências. A Lei nº 9.294/1996 impõe restrições legais ao uso e propaganda dos mesmos. 
Dentre as ações programáticas da Política Nacional de Direitos Humanos (Lei 7.037/2009) está "Fortalecer a legislação e a fiscalização para evitar a contaminação dos alimentos e danos à saúde e ao meio ambiente causados pelos agrotóxicos". Um dos objetivos estratégicos desta política é o apoio à agricultura familiar nos modelos de produção agroecológica. 
A finalidade dos agrotóxicos, de acordo com a Lei 7802/1989 é “alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos”, ou seja, eliminar algumas espécies. 
Para o professor do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Rubens Onofre Nodari, os agrotóxicos representam “um grande risco para a sobrevivência da espécie humana”.
Se estes produtos são capazes de acabar com algumas espécies ditas “pragas”, é possível imaginar que eles também tenham alguns efeitos sobre a própria saúde humana.
Fonte original: Carbono Brasil
Em Rede: Portal do Meio Ambiente

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