Processo de desertificação pode se tornar irreversível
Na data que marca o Dia Mundial de Combate à Desertificação, pouco há o que se comemorar diante da ação humana
Por Karoline Viana
Desde tempos imemoriais criou-se a ideia de que o sertão nordestino é um ambiente inóspito e infértil. Da noção de combate às secas até a atual busca de convivência com o semiárido, uma outra percepção da caatinga aparece.
Não como um deserto estéril, mas como um bioma de características únicas, com plantas não apenas adaptadas aos períodos de estiagem, como também elementos essenciais para a regulação do clima e a manutenção da umidade do solo e dos mananciais.
Mas será que haverá tempo para aproveitar adequadamente o potencial que este bioma tem a oferecer?
As ações de degradação praticadas pelo homem ao longo de décadas, que vão desde a insistência na velha prática das queimadas até a mais recente utilização de agrotóxicos e herbicidas, podem fazem com que o mito do deserto nordestino se torne uma realidade.
Hoje, quando se comemora o Dia Mundial de Combate à Desertificação, o alerta para o risco da degradação do solo se tornar um processo irreversível merece o máximo de atenção.Fonte: Diário do Nordeste - CE
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