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Eu quero a minha usina nuclear
A construção de duas usinas no Nordeste, um investimento de 8 bilhões de dólares, vira objeto de uma inusitada disputa de governos
Por André Faust
Por André Faust
O governo de Alagoas organizou recentemente uma caravana para uma viagem de dois dias ao Rio de Janeiro. Missão oficial: dar início à expansão energética do estado. Faziam parte da comitiva o governador Teotônio Vilela Filho, secretários, representantes do setor produtivo, deputados, procuradores e até uma reitora de universidade.
Ao final da programação, que incluiu um dia inteiro de visita ao complexo gerador de Angra e longas conversas com técnicos da Eletronuclear, estatal responsável pelas usinas nucleares, o grupo se deu por satisfeito. "Voltamos com a certeza de que Alagoas precisa de usinas iguais àquelas", diz Luiz Otávio Gomes, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico.
Para o governo alagoano, não foi uma viagem qualquer. A peregrinação fez parte do esforço de atrair a instalação de duas usinas nucleares previstas para operar no Nordeste a partir de 2019.
Como Alagoas, outros estados da região entraram na disputa pelas usinas. No centro da cobiça estão investimentos estimados em 8 bilhões de dólares, royalties, milhares de postos de trabalho e uma fonte energética que, antes execrada no Brasil e no mundo, ganhou status de alternativa limpa em tempos de aquecimento global. "Se ganharmos, vai ser como o Rio comemorando ser a sede da Olimpíada", afirma Gomes.
Fonte: Revista EXAME
Fonte: Revista EXAME
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