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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Iraque: final sem glória

 Iraque: final sem glória
Dias depois da invasão do Iraque, 70% dos entrevistados nos EUA manifestaram-se a favor, contra apenas 25%. Na amarga retirada, nove anos depois, os números trocaram de lugar 

Por Jim Lobe, na Envolverde/IPS 
A oficialização, na semana passada, do fim da ocupação de quase nove anos do Iraque, passou praticamente desapercebida nos Estados Unidos. Mereceu apenas uma cerimônia em Bagdá, presidida pelo secretário da Defesa do país invasor, Leon Panetta. Este ato, no dia 15, foi precedido três dias antes pela reunião em Washington do presidente Barack Obama com o primeiro-ministro do Iraque, Nouri al-Maliki, para discutir a futura relação estratégica entre os dois países. Também a este encontro ninguém prestou atenção. 
Esta surpreendente falta de interesse pode ser explicada pela distração causada pela temporada de férias de fim de ano, a campanha eleitoral pela Presidência ou a má saúde das economias dos Estados Unidos e da Europa. Também pode ser que a população esteja bem consciente de que, apesar de os últimos quatro mil soldados que ainda restam no Iraque retornarem nos próximos dez dias, ainda há mais de 90 mil no Afeganistão. 
No imaginário coletivo, esta situação não difere da do Iraque, particularmente porque as tropas foram enviadas aos dois países pelo então presidente George W. Bush (2001-2009) como parte de uma mesma “guerra mundial contra o terrorismo”. Ou, talvez, os norte-americanos simplesmente se esqueçam disto como se tivesse sido um pesadelo, o que o ex-titular da Agência de Segurança Nacional, o hoje falecido tenente-general William Odom, chamou em 2005 de “o maior desastre estratégico na história dos Estados Unidos”. 
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