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sábado, 1 de agosto de 2009

A negociação da Amazônia

Alugar a Amazônia pode ser a solução
Índios e fazendeiros poderão vender a proteção da floresta aos americanos. Por que isso pode ser um ótimo negócio para o Brasil
Por Juliana Arini, de Canarana (MT)

TROCA
Uma castanheira da Amazônia. Preservá-la pode ser uma forma de os países ricos compensarem sua emissão de poluentes
O texano John Carter é uma das figuras mais polêmicas da região do Xingu, em Mato Grosso. “Americano é sempre acusado de estar aqui para roubar a Amazônia”, afirma. Carter vive no Xingu há 12 anos. Chegou à região depois de se casar com uma brasileira, com quem teve duas filhas. O casal ganhou da família dela uma fazenda de gado, com 8.000 hectares, entre os rios Araguaia e Xingu. “Nunca vi uma paisagem como essa”, diz.
Em 1997, quando ele chegou, viver no Xingu significava conviver com o avanço descontrolado da fronteira agrícola. “Para ficar aqui é preciso brigar muito.” A primeira luta foi contra os invasores. Confrontos dignos de filmes de caubói, segundo Carter. “Demorou, mas hoje aprendi a me impor.” Depois, a briga foi para difundir ideais ambientais entre os fazendeiros vizinhos.

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