Imagem: Anna Clarice Almeida/do Blog Rafa Policarpo
Por Maria Sol Wasylyk Fedyszak
Cristiane Campos integra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), do Brasil, juntamente com 1 milhão e meio de camponeses. Ela trabalha na área de Comunicação e Informação do MST e durante sua visita ao Fórum Social de Resistência aos Agronegócios, realizado em Buenos Aires, conversou sobre as desigualdades e os conflitos sociais que gera a concentração de terras em seu país e como o MST enfrenta essa situação.-Qual é a situação que se vive no Brasil acerca da problemática das terras?-O Brasil é um dos países com maior concentração de terras do mundo.
Aproximadamente 47% do território estão em mãos de 1% da população. Com essa concentração, aparecem mais desigualdades sociais, de modo que o Brasil está entre os países com mais desigualdade na distribuição de terras. Nós, no MST, consideramos que para que essas diferenças diminuam tem que haver distribuição de terras do governo, que busca maior igualdade social através de outorga de dinheiro; mas sem alterar a estrutura da concentração das terras no país, questão que permanece intocável. Esses programas são paliativos e atendem às necessidades das pessoas; porém, não lhes dão as condições para que possam mudar de vida, desenvolver atividades produtivas.
Então, a cada governo, alteram-se os programas de assistência social, mas não a estrutura social do país, que está baseada em uma grande concentração de terras.
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