Ministério Público do RS prepara a interdição do aterro sanitário do Município de Cachoeira do Sul
ATERRO FERREIRA
O Ministério Público prepara uma ação civil pública para interditar o aterro sanitário de Ferreira, que transformou-se em lixão e degrada o meio ambiente da área do distrito de Ferreira, onde está situado.
A medida está sendo adotada pela promotora de defesa comunitária, Giani Pohlmann Saad, com base em recentes levantamentos feitos no aterro pela Patrulha Ambiental da Brigada Militar, confirmando a poluição provocada pelo lixo.
Além disso, a representante do MP lembrou que a Prefeitura de Cachoeira do Sul não cumpriu o Termo de Ajuste de Conduta (TAC), pelo qual se comprometeu em resolver os problemas de destinação do lixo da cidade. Desde que o documento foi assinado, há mais de 10 anos, seis secretários da Saúde e Meio Ambiente e três prefeitos passaram pelo poder público, sem encaminhar solução para o aterro sanitário de Ferreira. O MP acabou aplicando multa diária no valor de R$ 500,00 no Município de Cachoeira do Sul desde o Governo Marlon Santos pelo descumprimento do TAC do lixo.
Na sexta-feira, a promotora Giani Saad explicou que está preparando a ação com cautela, já que ao interditar a área do aterro sanitário pretende apontar um local alternativo para o depósito provisório de mais de 42 toneladas de lixo que são recolhidas diariamente em Cachoeira do Sul. Algum destino terá que ser dado a todo esse lixo, que não poderá ficar a céu aberto, em Cachoeira do Sul, alertou a representante do MP.
Na situação em que se encontra, o aterro sanitário de Ferreira, implatado nos anos 90, não cumpre sua função e ainda contamina o lençol freático da área de Ferreira, cortada pelo arroio homônimo, que é afluente do Rio Jacuí. Apesar de não receber mais o lixo urbano, empresas e particulares despejam lixo no entorno do aterro, onde a Prefeitura embarca para o município de Minas do Leão, os resíduos coletados diariamente no perímetro urbano.
O jornal JP, de 15/07/2008, publicou matéria com o título “Aterro sanitário em estado crítico”, onde já apontava os sérios problemas com a destinação final dos resíduos sólidos urbanos de Cachoeira do Sul.
Fonte: Máfia do Lixo
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