Presença marcante nos municípios baianos de Barra, Buritirama, Morpará e Muquém do São Francisco, na região do Médio São Francisco, as carvoarias destroem o meio ambiente, exploram trabalhadores e põem em risco as comunidades tradicionais. O principal alvo é o bioma Caatinga, que está sendo devastado, com significativa perda da biodiversidade.
Esta devastação está sendo promovida por carvoeiros de outras regiões da Bahia, ou mesmo de outros estados como Minas Gerais, que é o destino final do carvão, cujo objetivo é alimentar as usinas siderúrgicas mineiras. Da mesma forma, os trabalhadores vêm de diferentes regiões e estão sujeitos a um trabalho superexplorado e, muitas vezes, análogo ao escravo. As atividades variam desde o desmatamento, a construção dos fornos, a carbonização (transformação da lenha em carvão), o ensacamento e o carregamento dos caminhões. Nos municípios citados são conhecidas, pelo menos, cinco grandes carvoarias com centenas de fornos cada uma. Uma das maiores da região possui oficialmente 540 fornos, mas está em processo de ampliação.
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