Teresina, PI - A ocupação desordenada do Cerrado piauiense tem levado a extinção de milhares de espécies da fauna e da flora do bioma, muitas delas desconhecidas pela ciência. O modelo da exploração aplicado com a onivência do governo é o responsável pelo fim do ecossistema.
Há sete anos, são 50 caminhões diários de lenha retirados do Cerrado do Sudoeste e Sul do Piauí: eis o tamanho da omissão
Há sete anos, são 50 caminhões diários de lenha retirados do Cerrado do Sudoeste e Sul do Piauí: eis o tamanho da omissão
Ao percorrer o Cerrado, na região de Uruçuí, localizamos áreas em plena atividade de desmatamento. Mas para ter maiores informações, fomos à sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Uruçuí. Os sindicalistas foram enfáticos ao informarem que era preciso ir aos municípios de Ribeiro Gonçalves, Sebastião Leal, Baixa Grande do Ribeiro e outros para ver a mata sendo derrubada. "Aqui em Uruçuí não sobrou quase nada, o maciço mesmo já foi todo devorado", diz o diretor do sindicato, Manoel Messias de Sousa.
Ele conta que as árvores destruídas são transformadas em lenha para alimentar as caldeiras da Bunge. O curioso é que a empresa diz em seu relatório de sustentabilidade que não usa lenha nativa em sua divisão de alimentos. Em Uruçuí são processados mais de 700 mil toneladas de soja ao ano. Haja lenha para manter aceso os fornos ininterruptamente.A única esperança que havia para evitar a Bunge de adquirir lenha nativa vinha da Justiça e tratava-se de uma Ação Civil Pública ajuizada pela Fundação Águas do Piauí - Funáguas.
Depois de uma briga que durou sete anos, a Desembargadora Selene Maria de Almeida entendeu que o simples Documento de Origem Florestal - DOF, era certificação de madeira, permitindo assim que a Bunge continuasse usando lenha como matriz energética. Como a ONG não ingressou com Embargos de Declaração, a fim de corrigir o equívoco da Justiça, a Bunge está livre para reduzir ainda mais seus custos em terras piauienses, já que, no Recurso Extraordinário aponta para a confortável situação de poder usar mata nativa proveniente de desmatamento e reflorestamento.
"Sabemos que a falta de estrutura e fiscalização por parte do Ibama e, principalmente, SEMAR, deixam brechas para crimes contra a natureza de toda ordem, inclusive muito desmatamento apenas para oferecer lenha para a Bunge", afirma o Coordenador de Mobilização da Rede Ambiental do Piauí - REAPI, Dionísio Neto.
Segundo ele, o presidente da Funáguas, Judson Barros, ao que parece não agiu corretamente. "Comenta-se no Piauí, que ouve um acordo entre a Bunge e a Funáguas. Será?", indaga Dionísio.
Leia o artigo completo em > http://www.portaldomeioambiente.org.br/pma/index.php?option=com_content&view=article&id=1219
"Sabemos que a falta de estrutura e fiscalização por parte do Ibama e, principalmente, SEMAR, deixam brechas para crimes contra a natureza de toda ordem, inclusive muito desmatamento apenas para oferecer lenha para a Bunge", afirma o Coordenador de Mobilização da Rede Ambiental do Piauí - REAPI, Dionísio Neto.
Segundo ele, o presidente da Funáguas, Judson Barros, ao que parece não agiu corretamente. "Comenta-se no Piauí, que ouve um acordo entre a Bunge e a Funáguas. Será?", indaga Dionísio.
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