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sábado, 12 de março de 2011

Japão: Terremoto Que Deslocou Eixo da Terra

Japão: Terremoto Deslocou Eixo da Terra 

Já somam mais de duas mil e quinhentas as pessoas incluídas nas listas dos mortos e desaparecidos no Japão vítimas de uma série de terremotos e tsunami. Foi oficialmente confirmada a morte de mil pessoas, número esse ainda incompleto, infelizmente.
Esta calamidade natural foi a mais violenta no Japão depois do terremoto de 1933. A catástrofe de 8,9 pontos de magnitude ocorreu na sexta-feira, tendo há 78 anos a força do sismo, produzido também em março, alcançado 9 pontos. Até agora, porém, esse país continua sendo abalado. Os sismos vão acompanhados de um violento tsunami, o que faz aumentar drasticamente o grau de destruição; por isso, as informações recebidas são extremamente contraditórias. 
Na manhã do sábado, mais de 215 mil pessoas já haviam sido evacuadas das zonas atingidas pelo terremoto. A comunidade internacional não tardou a anunciar a vontade de apoiar imediatamente o povo japonês. A Austrália e os Estados Unidos já enviaram seus socorristas. Igualmente, a União Europeia iniciou mobilização de seus recursos de defesa civil. Depois de expressar suas condolências, a Rússia, o vizinho mais próximo do Japão, disse estar preparada para participar da reparação dos efeitos do cataclismo. Essa incumbência foi recebida pelo Ministério de Defesa Civil do presidente Dmitri Medvedev, que disse na ocasião: 
Acaba de ocorrer no Japão um terremoto violentíssimo de quase 9 pontos de magnitude. Lá se produziram umas grandes destruições e, provavelmente, vítimas mortais. Estamos, é claro, preparados para ajudar nossos vizinhos a superar os efeitos desse sismo muito complicado. 
O Ministério de Defesa Civil dispõe de seis aeronaves, um hospital aerotransportado e 200 especialistas, entre socorristas, psicólogos e médicos, todos em estado de prontidão, prestes a partir em qualquer momento para a zona da calamidade. 
A situação nas usinas nucleares está causando uma grande preocupação. As centrais “Fukushima 1” e “Fukushima 2” ficaram seriamente danificadas. As autoridades estão evacuando a população de uma área dentro de um raio de 20 quilômetros em volta das usinas. Todavia, segundo anunciou o ministro da Indústria do Japão, Banri Kayeda, os materiais radioativos capazes de cair no meio ambiente não serão demasiado perigosos para a saúde humana. 
O grau de proteção das usinas nucleares japonesas contra os sismos é muito elevado – diz Vladimir Asmolov, primeiro-vice-diretor da estatal “Rossenergoatom”. E continua: 
O Japão é um país muito intranquilo do ponto de vista dos sismólogos. Essas centrais, portanto, haviam sido projetadas para poderem suportar um terremoto bastante intenso da ordem de 7 a 8 pontos na escala Richter. Segundo nossas estimativas, os choques na zona das usinas nucleares foram de até 7 pontos. 
Mesmo assim, ocorreu uma explosão. No prédio do reator # 1 da “Fukushima 1” foi destruído o corpo externo e foi registrado aumento do nível de radiação até 1 015 microzilberts horários, a norma limite de radiação para uma pessoa humana por ano. O secretário-geral do Conselho de Ministros do Japão, Yukio Edano, confirmou a explosão na “Fukushima 1”, porém especificou que esta não havia ocorrido no reator propriamente dito. Reunido em encontro extraordinário, o Governo com a presença do primeiro-ministro Naoto Kan está analisando a situação. Especialistas russos supõem que não se deve recear uns efeitos de acidente tipo Tchernobil por força das diferenças tecnológicas entre aquele reator e os reatores japoneses. Em entrevista à nossa emissora, o redator-chefe da revista “Estratégia Atômica”, Oleg Dvoinikov, disse:
Tudo isso será reparado dentro de algum tempo. Se o conteúdo do primeiro circuito foi disseminado, então haverá certamente, sem dúvida, umas poluições locais, insignificantes, dentro de um raio de dois a três quilômetros. Todavia, nunca muito elevadas. O reator japonês não é do tipo Tchernobil, ou seja, não é de grafite. Por isso, não pode haver no Japão uma repetição da tragédia de 1986 em Tchernobil.
Um outro resultado do sismo no Japão foi o deslocamento do eixo da Terra, isto é, da linha em torno da qual está o nosso planeta equilibrado em termos de massa, em 15 centímetros. Já o motivo que teria produzido imediatamente esse cataclismo natural horrível foi uma aproximação descomunalmente forte entre a Terra e a Lua. Cientistas do Instituto Astronômico Sternberg, junto à Universidade Lomonossov de Moscou, sustentam que os efeitos da gravitação da Lua e do Sol fazem levantar-se as áreas da superfície terrestre voltadas para esses corpos celestes. O fenômeno provoca oscilações de massas de água oceânica. E até o momento não há quem ouse predizer quais serão as consequências globais desse processo para nosso planeta. 
Fonte: A Voz da Rússia

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