Um ex-primeiro-ministro neozelandês pediu a adoção de um compromisso para as normas mundiais sobre a caça às baleias, em uma conferência internacional sobre o tema, na Flórida (EUA), no começo de março.
Austrália e Japão, cujas relações ficaram tensas na véspera por causa de divergências, tiveram nesta quarta-feira uma segunda rodada de reuniões a portas fechadas em St. Pete Beach, balneário da costa da Flórida (sudeste dos Estados Unidos).
Os participantes do encontro estudam uma proposta que permita a Japão, Noruega e Islândia caçar os cetáceos abertamente - apesar de existir desde 1986 uma moratória contra a caça comercial da espécie -, mas que teria como objetivo reduzir o total de capturas nos próximos dez anos.
Geoffrey Palmer, ex-primeiro-ministro da Nova Zelândia - país contrário à prática - e que ajudou a redigir o compromisso da Comissão Baleeira Internacional (CBI), reconheceu que a proposta "não vai agradar todas as nações".
"Não é possível. É um compromisso", disse Palmer, de acordo com um texto publicado após a reunião. "As duas partes terão que fazer um sacrifício", reforçou. A Austrália, que também se opõe à caça de baleias, já anunciou que o compromisso é inaceitável e o Japão insinuou que não está satisfeito com seus termos.
O Japão mata centenas de baleias ao ano no Oceano Antártico, o que causa repulsa na opinião pública de Austrália e Nova Zelândia, onde o avistamento de baleias é um passatempo popular.
Fonte: G1
Em Rede: Ambiente Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário