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domingo, 23 de outubro de 2011

Quantos Kadaffi's ainda estão à solta?

 Quantos Kadaffi's ainda estão à solta?
Após tantas guerras e quedas de ditadores no mundo árabe, que no ano de 2011 ocorreram e matou muita gente, alguém lembra de Mohamed Bouazizi??
Para quem acompanhou a situação, sabem que foi o homem que levou a queda em 30 dias de um ditador que desde 1987 governava com mão de ferro a Tunísia. E depois de iniciada as ações do povo contra os ditadores, nesta semana se encerra mais uma ditadura que matava, torturava e que manteve o povo sob a égide do medo e do controle do estado na vida das pessoas.
O tunisiano Mohamed Bouazizi, de 26 anos morreu em nome de uma causa?? Não, com certeza a repercussão desta atitude contra sua própria vida, fez com que o mundo conhece-se via internet a realidade daquele povo oprimido e controlado com mão-de-ferro.
No dia 17 de dezembro de 2010, ele se imolou após a polícia confiscar o carro que usava para vender seus produtos, oriundos de uma agricultura fraca e que mantém pequenos agricultores no campo sem condições de produção. Naquele dia foi autuado por falta de licença de venda. Imolou-se sob as miras de Smartfones e celulares que chegando na WEB tomaram conta do mundo árabe e ocidental, com diversas manifestações se iniciando para culminar na queda de uma dezena de ditaduras.
Recém-formado na universidade, Bouazizi morreu semanas depois, tornando-se um mártir para a multidão de estudantes e desempregados que saíram as ruas e forçaram a retirada do Zine al-Abidine Ben Ali. No poder há 23 anos, ele fugiu para a Arábia Saudita. Antes, Ben Ali chegou a visitar o agricultor no hospital, o que não foi suficiente para pôr fim aos protestos.
Outros governos árabes enfrentaram protestos populares contra repressão, desemprego, corrupção, aumento de preços e pobreza. Ativistas se diziam inspirados pelo exemplo da Tunísia, primeiro país em décadas a ter um líder árabe derrubado por pressão popular.
- A Tunísia é agora um modelo para todos os árabes. O tempo para os ditadores e as ditaduras acabou - disse Mohamed Lagab, analista político da Universidade de Argel, em entrevistas aos jornais.
Agora com a queda de Kadaffi, se encerra mais uma página na história de ditadores, e pergunto, se muitos ditadores ainda não estão à solta em meio a sociedade, quando subvertem a ordem, manipulam os interesses e privilegiam seus feudos em detrimento do interesse do povo? Quando com mão-de-ferro agem em proveito próprio e de seus partidos, visando o lucro e mantendo uma ilusão para aqueles iludidos?
Dizia Maquiavel: "Os enganadores sempre encontrarão os que querem ser enganados" e nesta seara de quedas de ditaduras e ascensão de outras 'mais modernas' e 'tele-guiadas', onde a voz da realidade não produz eco na fantasia de Governos de fachada, mantidos e operados por um sistema que corrompe até a lógica, como pensar que não corromperia pessoas?
Enquanto assistimos eles andarem 'leptos' e faceiros entre nós, e ninguém propor jogar um tomate 'transgênico' podre em suas 'caras-de-pau', entendemos que a passividade é uma defesa daqueles que preferem contemporizar e contextualizar a conjuntura e a realidade da questão ambiental brasileira, enquanto fora da Toca da Alice, os 'caras' estão engolindo o ativismo, a natureza, os biomas, os recursos e os povos no Xingu. Direitos Humanos para os Índios na Amazônia, eles tem 'alma' e desde 1.500 sofrem com a destruição de suas sociedades ancestrais por ditaduras e déspotas de plantão.
Por Julio Wandam

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