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segunda-feira, 16 de maio de 2011

Aldo Rebelo foi leviano? Ou prevaricou?

Aldo Rebelo foi leviano? 
Ou prevaricou?
De duas, uma. O deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP) cometeu  uma grave leviandade ao acusar Fábio Vaz de Lima, marido da ex-senadora Marina Silva (PV), de "ter fraudado contrabando" de madeira. 
Ou Aldo Rebelo prevaricou em 2004 quando como líder do governo evitou que Fábio fosse ouvido sobre o assunto pela Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. 
É o próprio Aldo quem dá margem à dúvida. 
Ele é relator do novo projeto do Código Eleitoral que Marina tanto combate. 
Em mensagem postada no twitter, Marina acusou Aldo de montar "pegadinhas" no texto do novo Código Florestal que deveria ter sido votado ontem. 
Aldo respondeu a Marina lembrando o episódio de 2004. Disse com todas as letras em discurso no meio do plenário da Câmara: 
- Repudio mais uma vez a leviandade da ex-senadora Marina Silva. (...) Quem fraudou contrabando de madeira foi o marido de Marina Silva, defendido por mim nesta Casa. Está registrado na imprensa da época. Quando líder do governo evitei o depoimento do marido de dona Marina. 
Em 2004, Marina era ministra do Meio Ambiente. 
O Ibama, órgão subordinado ao ministério dela, doou para a ONG Fase (Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional) seis mil toras de mogno que haviam sido apreendidas. 
A Fase fazia parte do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA). Fábio, marido de Marina, era um dos diretores do GTA - além de assessor do senador Sibá Machado (PT-AC), que assumira como suplente a vaga de Marina. 
O Tribunal de Contas da União detectou irregularidades na doação da madeira. Ela ocorreu sem que se observasse os princípios da isonomia, impessoalidade e publicidade. 
Requerimento apresentado pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) pediu a realização de uma  audiência pública na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara para ouvir o então presidente do Ibama, Marcus Luiz Barroso Barros; o ex-diretor de Gestão estratégica, Leonardo Tinoco, o chefe do Centro Nacional de Populações Tradicionais (CNPT) do órgão, Atanagildo de Deus Matos, e Fábio Vaz de Lima. 
Acionado pelo governo e o PT,  Aldo entrou em cena para impedir que Fábio fosse ouvido. Deu-se bem. 
Agora, ao confessar espontâneamente 
o que fez, deu-se mal.
Fonte: Blog do Noblat

Um comentário:

Jorge Bichuetti - Utopia Ativa disse...

Amigos, o desejo de atender os interesses do agronegócio leva a escolhas escusas: Dona Marina Silva é um patrimônio ético da nossa história.
Solidariedade e indignação...
Abraços com ternura, Jorge bichuetti
Doblog Utopia Ativa